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Chapéu
Luta

Contra desmonte e ataques, bancários do BB vão parar na sexta 29

Linha fina
Bancários do banco público, da base do Sindicato, aprovaram em assembleia paralisação de 24h na próxima sexta-feira 29. Participe!
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Arte: Linton Publio/Seeb-SP

Com 89.76% dos votos favoráveis, os bancários da ativa do Banco do Brasil, da base do Sindicato, aprovaram em assembleia virtual a realização de paralisação por prazo determinado, das 00h às 23h59 de sexta-feira 29. A paralisação é contra a reestruturação anunciada recentemente pela direção do banco, que prevê fechamento de centenas de unidades, desligamento de milhares de trabalhadores, descomissionamento de funções e a extinção do cargo de caixa.

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“Mais uma vez, como não poderia deixar de ser diante da atual conjuntura de desmonte do BB e ataques aos direitos dos funcionários, os bancários e bancárias do banco público da base do Sindicato reafirmaram a sua disposição para a luta. Na sexta-feira 29, todos iremos cruzar os braços, de agências ou departamentos, trabalhando presencialmente ou em home office. Juntos somos mais fortes”, enfatiza a dirigente do Sindicato e bancária do BB, Adriana Ferreira. 

“O Sindicato reconhece o grave momento da pandemia de coronavírus. Portanto, não será possível a realização de piquetes em todos os locais e muito menos aglomerações. O Sindicato está preparado para dar o suporte necessário para a paralisação, mas a adesão deve ser voluntária e responsável, sempre com a utilização de máscaras e respeitando o distanciamento social”, acrescenta.

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O Sindicato orienta que bancários que necessitem de materiais ou orientações devem entrar em contato com a entidade por meio do WhatsApp (11-99930-8483) ou através do dirigente responsável pelo seu local de trabalho. 

Também estão programadas, para o dia da paralisação, ações nas redes sociais. 

Desmonte

A dirigente reforça que é de fundamental importância a participação de todos os bancários do BB na paralisação, assim como o diálogo e mobilização da sociedade como um todo na luta em defesa do banco público e do seu papel social. 

“Com milhares de bancários a menos, com o fim da função de caixa, os que continuarem estarão ainda mais sobrecarregados, além de causar muitos descomissionamentos com redução salarial. O mesmo acontece com o fechamentos das unidades, com o agravante de que diversos municípios pequenos só contam com o BB. O atendimento a população será precarizado e o papel social do banco será reduzido. Desmontar o BB é um ataque não só contra o banco público e seus trabalhadores, mas também contra a população e o país. Essa é uma luta de todos”, alerta Adriana. 

Entre 2016 e 2019, o lucro líquido ajustado do BB apresentou crescimento de 122%, passando de R$ 8,033 bilhões em 2016 para R$ 17,848 bilhões em 2019. No mesmo período, o banco fechou 19% das agências e reduziu o quadro de funcionários em 16%.

“Este movimento pelo qual passa o BB, com redução de funcionários e de agências e aumento dos lucros, só irá prejudicar trabalhadores e a sociedade com um todo, em benefício de alguns acionistas. É urgente lutar contra a destruição da função pública e social do Banco do Brasil, um dever da instituição enquanto banco público”, conclui Adriana. 

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