Pular para o conteúdo principal

Empregados analisam reestruturação na Cedes

Linha fina
Bancários da Caixa criticam medida imposta pela direção do banco de enviar às agências profissionais da área de TI
Imagem Destaque
Arte: Freepik

Face à reestruturação na Cedes imposta pela direção da Caixa Econômica Federal na virada do ano, surpreendendo os bancários com a informação de que seriam deslocados para agências, o Sindicato reagiu enviando ofício ao banco e abriu um abaixo-assinado para trabalhadores e clientes demonstrarem seu descontentamento com mais esta arbitrariedade. Até a tarde desta quinta-feira, mais de 860 pessoas já haviam assinado a petição contra a reestruturação, que atinge também a Cepti, Cetec e áreas vinculadas à Vitec.

Para ampliar o debate sobre o tema, o Sindicato pediu para bancários das áreas afetadas enviarem suas análises sobre a situação. 

Confira os relatos dos bancários da Cedes sobre a reestruturação:

A transferência compulsória de empregados sem uma justificativa clara e sem transparência nos critérios adotados enfraquece a Caixa, desqualifica a experiência e o histórico funcional dos empregados mais antigos e a abre mão da retenção do conhecimento técnico e gerencial sobre sistemas legados que sustentam os negócios da empresa! A comunicação abrupta sobre as transferências, feita verbalmente e sem registros formais, denota desrespeito com os empregados da TI, especialmente num momento em que a reestruturação da área busca agregar e reposicionar talentos para a absorção de novos desafios e para sustentabilidade do acervo computacional gerido nas unidades de desenvolvimento. A realocação na Rede de empregados antigos da TI, que tiveram verbas salariais incorporadas, configura uma ação punitiva que irá causar aumento demasiado dos custos operacionais das unidades destino, que irá gerar desconforto e desgastes em relação a esses colaboradores “mais caros” que não poderão oferecer de imediato a reciprocidade exigida pelos novos gestores.

Considero a postura da empresa uma falta de respeito total com empregados que dedicaram uma parcela significativa da vida à empresa, com muito esmero e competência. Dedicaram sua formação para a área de TI, onde atuam por muito anos, agora estão sendo transferidos, sem pedido, para agências pequenas (que muito provavelmente não gostaria de receber estes funcionários) e distantes de casa. A justificativa agora é por ter função incorporada, depois será qual? Desrespeito com quem está indo, insegurança para quem fica!

As equipes já estão pequenas o suficiente para o trabalho que temos diariamente. Perder colegas que detém conhecimento específico da área nesse momento é parar de atender com rapidez e qualidade que é a prerrogativa da Caixa e das comunidades que foram criadas. Solicitamos respeito, pois essa mudança fere a todos os empregados, além de deixar a empresa com mais dificuldade em atingir suas metas no planejamento estratégico que propôs para 2021-2025.

Onde querem chegar com perseguição aos incorporados? Incorporar é um direito que a própria empresa concedeu. Agora a empresa usa de perseguição e enterra as carreiras destas pessoas. É puro assédio moral!

A Caixa decepciona e desestimula todo seu time com as ações atualmente sendo tomadas. Colegas experientes com conhecimentos negociais e hierárquicos da empresa sendo despachados como se fossem pesos mortos deixa claro para todo o time que experiência e conhecimento não serão premiados e exaltados, mas sim removidos, aparentando ser até um castigo, visto que muitos não agregarão de forma significativa nas agências, que demandam especializações e conhecimentos totalmente alheios ao acumulado até o momento. Anseio que a emprega reveja estas atitudes para que talentos não se sintam acuados e, por medo, não acabem abandonando a empresa em prol do mercado. A TI é o futuro de qualquer empresa. As que a relegam acabarão sendo sobrepujadas pela concorrência. Me despeço na esperança de que uma pessoa sensata leia esta mensagem.

Essa tal de reestruturação e fortalecimento da rede só está enfraquecendo a TI. Temos profissionais com mais de 30 anos de TI indo para a rede. Apesar das necessidades atuais das duas áreas, esse pessoal que sai, da forma que sai poderá ser um peso na rede, desmotivado pois após anos de dedicação a uma área foi designado a outra involuntariamente. Sabemos da possibilidade de transferências, mas da forma arbitrária que está sendo só mata um pouquinho de cada. Está na hora de mais contratações de aprovados, para encher as agências e manter a TI de pé. Mudanças da forma como vem ocorrendo só assustam os empregados, desmotivam aqueles que perderam função e foram transferidos e impõe medo naqueles que permanecem. Ou será que a intenção de mandar para a rede é uma forma de forçar o desligamento desses empregados incorporados?

A transferência de empregados experientes da TI para outras áreas enfraquece a empresa. Enquanto os outros bancos vêm sistematicamente fortalecendo a área de tecnologia, a Caixa está fazendo o oposto com transferências compulsórias, sem reposição das vagas dos PDVs e inexistência de perspectivas profissionais para os empregados da área técnica. Nessas condições, como a Caixa espera competir com outros bancos em igualdade de condições e entregar um produto de qualidade aos clientes?

Já estamos com poucos empregados e muita demanda. Todos os bancos estão investindo na área de TI, não entendo o motivo que leva a Caixa a disponibilizar pessoas para as agências. Em todas as demandas que recebemos para atendimento do auxílio emergencial, o atendimento somente foi possível devido ao esforço da área de TI. Precisamos de mais pessoas, para atender o que a CAIXA precisa para as futuras metas. Ti forte faz o banco forte!
 

seja socio