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Pandemia

Covid-19: em consulta, mais de 91% dos bancários relatam casos nos locais de trabalho

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Imagem de um gráfico acompanhado de ilustrações de um coronavírus

Em consulta realizada pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, encerrada nesta segunda-feira 17, 91,04% dos bancários que participaram relataram que em seus locais de trabalho foram identificados casos de Covid-19 ou gripe (Influenza), e seu subtipo H3N2, nos últimos 30 dias.  Também foi apontado por 26,72% dos participantes que colegas voltaram ao local de trabalho mesmo antes de um resultado positivo ou negativo. A consulta foi respondida por 1.188 bancários. 

O Sindicato está realizando, a partir desta segunda 17, uma nova pesquisa. Desta vez para aferir o número de casos positivos de Covid-19 detectados nos locais de trabalho, número que a entidade estima que fique em torno de 1.500 casos.

“A consulta realizada pelo Sindicato mostra a gravidade da disseminação do coronavírus e da Influenza nos locais de trabalho, além do inaceitável descumprimento de protocolos em parte das unidades. O Sindicato estará reunido com a Fenaban (federação dos bancos) nesta terça 18, às 14h, para debater o atual cenário da pandemia, o necessário respeito rígido aos protocolos, e também outras medidas para proteger bancários, clientes e a sociedade como um todo”

Neiva RIbeiro, secretária-geral do Sindicato

Sobre o motivo para os colegas retornarem ao trabalho mesmo sem o resultado do teste, 21,85% relatam ser “protocolo do local”; 9,26% dizem ser por “pressão do gestor”; 10,30% apontam como motivo a “falta de funcionários”; 6,87% indicam a “pressão por metas”; e 51,72% relatam outros motivos. 

“Não existe qualquer razão aceitável para fazer um bancário com suspeita de Covid-19 retornar ao trabalho sem uma testagem negativa. Ainda mais quando se fala em falta de funcionários. Afinal, desde o início da pandemia, os bancos demitiram mais de 6.000 trabalhadores, sobrecarregando bancários e fazendo com que a população enfrente filas para ser atendida. A prioridade neste momento deve ser a saúde e a vida de bancários e clientes”, enfatiza Neiva. 

Já sobre a sanitização do local de trabalho, 42,62% afirmaram que o local passou pelo procedimento; 36,41% apontaram que não foi realizada a sanitização; e outros 20,97% disseram não saber. 

“Os dados apontados indicam falhas seríssimas no protocolo, em percentuais muito significativos, o que indica uma falha na cadeia de comunicação dos bancos para que os próprios protocolos, acompanhados pela representação dos trabalhadores, cheguem de forma clara e sejam rigorosamente respeitados em agências e departamentos. Todas estas questões serão debatidas com a Fenaban nesta terça 18”, conclui a secretária-geral do Sindicato. 

Não vá ao local de trabalho com sintomas

O Sindicato orienta ainda os bancários a não comparecerem ao local de trabalho com sintomas de Covid-19 ou Influenza.

O bancário que estiver com sintomas gripais deve avisar ao gestor e não comparecer ao local de trabalho, realizar teste de Covid-19 e, se possível, o de Influenza, aguardando o resultado em casa, seguindo protocolos específicos do seu banco, que são acompanhados pelo Sindicato.

No caso do Banco do Brasil, o protocolo foi unilateralmente alterado pelo banco, sem anuência do Sindicato, aumentando o risco de infecção dos trabalhadores. O movimento sindical, por meio da Contraf-CUT, acionou o MPT (Ministério Público do Trabalho) contra a decisão do BB de alterar o manual de segurança sobre a Covid-19. O banco foi intimado a comparecer em uma audiência sobre a questão, ocorrida na última quarta-feira 12. 

Por sua vez, o gestor deve viabilizar junto à área responsável a testagem de todos que tiveram contato com o trabalhador que testou positivo, assim como a sanitização do local de trabalho e, se for o caso, o afastamento dos trabalhadores e fechamento do local. 

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