Nesta terça-feira, dia 7 de janeiro, tiveram início as demissões dos trabalhadores do departamento de câmbio do banco Santander, lotados na concentração Radar, em Santo Amaro.
Essa concentração tem sido palco de inúmeras demissões e terceirizações. Além disso, em agosto de 2024, o Radar sofreu com a ação truculenta da Polícia Militar, que agrediu trabalhadores que protestavam pacificamente contra as ações antissindicais praticadas pelo banco. Tudo isso com a anuência do Santander.
"Esses trabalhadores são remanescentes J6 com muito tempo de banco. Eles deveriam ser realocados. A alegação do banco, de que não estão qualificados para promoção ou migração para outras áreas, é inverídica e desrespeitosa", afirma Irene Juarez Dias, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
De acordo com a dirigente, as mudanças nos postos de trabalho, quer sejam nas agências ou departamentos, tiveram como objetivo a precarização das condições de trabalho e enfraquecimento do Sindicato.
Funções essenciais não deixaram de existir. Contudo, estão sendo desempenhadas por trabalhadores das coligadas, que foram criadas para "fraudar a representação sindical". Isso porque esses trabalhadores deixam de ser abrangidos pela Convenção Coletiva de Trabalho, que garante uma série de direitos, como VR, VA, PLR, entre outros.
O Sindicato dos Bancários por diversas vezes reivindicou, através de ações e protestos, que os postos de trabalho fossem mantidos e reforça que está à disposição dos trabalhadores para orientações jurídicas necessárias.