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“Esse diretor ganhou tal apelido dos bancários da Nossa Caixa pelo assédio moral, pela agressividade com que trata os funcionários. Chico Picadinho é famoso pelos desmandos na relação interna e tem grande responsabilidade pelo caos que se instalou com o anúncio das listas de cerca de 800 demissões”, afirma Raquel Kacelnikas, funcionária do banco e diretora do Sindicato.
Nesta terça-feira também foi entregue à diretoria do banco uma carta que pede a suspensão das demissões e a abertura do processo de negociação. O banco respondeu com uma nota informando que não há demissão em massa, mas não marcou nenhuma reunião com os representantes dos trabalhadores.
Violência – Ontem (31/1), cinco agências da Nossa Caixa do centro da capital paulista permaneceram fechadas, em protesto contra a ameaça de demissões. No último dia 23, a direção do banco informou à Comissão de Funcionários que cerca de 6% do quadro do banco – que tem 13 mil trabalhadores em todo o Brasil – poderia ser dispensado.
“Soubemos que o banco já tinha trinta demissões definidas para esta terça e fizemos a atividade para tentar evitar as dispensas. Os bancários aderiram plenamente e o ato foi um sucesso, apesar da violência policial”, conta Raquel.
Os bancários da matriz da Nossa Caixa enfrentaram a truculência da Polícia Militar. Por volta das 8h daquela manhã, a PM foi chamada e tentou forçar a retirada de faixas de protesto contra o governador Geraldo Alckmin e a direção da empresa, afixadas na porta do banco. Houve tumulto e a polícia abusou da violência com cassetetes e spray de pimenta.
“Isso tem que acabar”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. “Já foi assim durante a campanha salarial: toda vez que os bancários exercem seu livre direito de organização e manifestação, a PM atua com violência”, completa o dirigente.