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Chapéu
Sindicato

Picadinho na Nossa Caixa

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O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região promoverá nesta quinta-feira (2/2) uma atividade bem-humorada em frente à matriz da Nossa Caixa, no centro de São Paulo (rua 15 de Novembro, 111). Numa referência ao diretor regional do banco, Luiz Francisco Monteiro de Barros Neto, conhecido pelos trabalhadores como Chico Picadinho, serão preparadas 300 refeições na porta do banco: o picadinho será servido à população a partir das 12h.

“Esse diretor ganhou tal apelido dos bancários da Nossa Caixa pelo assédio moral, pela agressividade com que trata os funcionários. Chico Picadinho é famoso pelos desmandos na relação interna e tem grande responsabilidade pelo caos que se instalou com o anúncio das listas de cerca de 800 demissões”, afirma Raquel Kacelnikas, funcionária do banco e diretora do Sindicato.

Nesta terça-feira também foi entregue à diretoria do banco uma carta que pede a suspensão das demissões e a abertura do processo de negociação. O banco respondeu com uma nota informando que não há demissão em massa, mas não marcou nenhuma reunião com os representantes dos trabalhadores.
Violência – Ontem (31/1), cinco agências da Nossa Caixa do centro da capital paulista permaneceram fechadas, em protesto contra a ameaça de demissões. No último dia 23, a direção do banco informou à Comissão de Funcionários que cerca de 6% do quadro do banco – que tem 13 mil trabalhadores em todo o Brasil – poderia ser dispensado.

“Soubemos que o banco já tinha trinta demissões definidas para esta terça e fizemos a atividade para tentar evitar as dispensas. Os bancários aderiram plenamente e o ato foi um sucesso, apesar da violência policial”, conta Raquel.

Os bancários da matriz da Nossa Caixa enfrentaram a truculência da Polícia Militar. Por volta das 8h daquela manhã, a PM foi chamada e tentou forçar a retirada de faixas de protesto contra o governador Geraldo Alckmin e a direção da empresa, afixadas na porta do banco. Houve tumulto e a polícia abusou da violência com cassetetes e spray de pimenta.

“Isso tem que acabar”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. “Já foi assim durante a campanha salarial: toda vez que os bancários exercem seu livre direito de organização e manifestação, a PM atua com violência”, completa o dirigente.
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