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Bancos Estaduais

Picadinho provoca fila na Nossa Caixa

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Uma grande fila formou-se em frente à matriz da Nossa Caixa hoje (2/2), entre as 12h e as 14h. Mais de 300 pessoas participaram de atividade bem-humorada realizada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região no centro de São Paulo, que distribui pratos de arroz com picadinho, numa referência ao diretor de rede do banco, Luiz Francisco Monteiro de Barros Neto, conhecido pelos trabalhadores como Chico Picadinho. O diretor ganhou tal apelido dos bancários da Nossa Caixa pela maneira como trata os trabalhadores: há denúncias de prática de assédio moral, transferências arbitrárias, não pagamento de horas extras e muita agressividade na relação com os funcionários. Chico Picadinho também foi responsável pela estruturação do processo de demissão.

“Promovemos essa atividade com o objetivo de deixar claro para o governador do estado, Geraldo Alckmin, e para a presidência da Nossa Caixa que os bancários querem esse diretor fora do banco”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. “Também é uma forma de avisar à direção do banco estadual que não vamos dar trégua. Hoje aconteceram quatro demissões e o banco disse que vai parar por aí. Vamos averiguar a razão dessas demissões e permanecer atentos para ver se as outras cerca de 800 dispensas, que o próprio banco anunciou a uma comissão de funcionários, foram realmente suspensas”, completa Marcolino. Só ontem (1/2), após protesto dos bancários no dia 31, a Nossa Caixa declarou em nota de esclarecimento que não há processo de demissões em massa.

Violência – Na última terça-feira (31/1), cinco agências da Nossa Caixa do centro da capital paulista permaneceram fechadas em protesto que abrangeu perto de 1.500 bancários contra a ameaça de demissões. A direção do banco havia informado que cerca de 6% do quadro do banco – que tem 13 mil trabalhadores em todo o Brasil – poderia ser dispensado.

Os bancários da matriz da Nossa Caixa enfrentaram a truculência da Polícia Militar. Por volta das 8h daquela manhã, a PM foi chamada e tentou forçar a retirada de faixas de protesto, contra o governador Alckmin e a direção da empresa, afixadas na porta do banco. Houve tumulto e a polícia abusou da violência com cassetetes e spray de pimenta.
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