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Os bancários do Bradesco atrasam o início dos trabalhos no Complexo Cidade de Deus, em Osasco, nesta quinta-feira, 19 de fevereiro, em protesto contra a Federação dos Bancos (Febraban) que consegui por meio de decisão judicial, que as agências bancárias funcionem normalmente no município, nesta data, apesar do feriado em celebração ao aniversário de 47 anos da cidade.
"Com essa postura a Febraban está desrespeitando a cada um dos cidadãos de Osasco, passando por cima da história da cidade. Os banqueiros mais uma vez demonstraram que não têm a menor consideração com os direitos dos trabalhadores, obrigando-os judicialmente a trabalhar", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. "O Sindicato vai exigir que os bancos paguem 100% de hora-extra. Esse é mínimo possível que os banqueiros podem fazer", ressaltou.
Há um ano a Febraban ingressou com o processo contra a prefeitura na Justiça, mas poucos dias antes do feriado informa aos bancários que terão trabalhar. Além do desrespeito e descaso com as celebrações dos bancários e da população, os bancos criam uma séria de dificuldades aos trabalhadores: bancários que não têm onde deixar os filhos já que as escolas não funcionam, não pagamento de horas-extras, viagens e planos adiados, provocando perdas que vão além das financeiras. Em Osasco, trabalham cerca de 15 mil bancários, sendo 10 mil em Cidade de Deus.
Pedido Negado - A prefeitura de Osasco entrou com pedido de liminar, no último dia 12 de fevereiro, para que a soberania do município fosse respeitada e que os bancários tivessem assegurado seu direito a folgar no feriado. O Tribunal de Justiça do Estado negou nesta quarta-feira, 17, o pedido, mantendo a vontade dos bancos.