Imagem Destaque
O compromisso da direção do banco de responder às reivindicações dos bancários o mais breve possível foi firmado com os representantes dos trabalhadores na reunião desta terça-feira, 17, pela diretora executiva de RH do grupo, Lílian Guimarães.
Ela destacou que não houve interrupção das negociações, mas sim um intervalo mais extenso em razão da complexidade da fusão entre os dois grandes bancos.
"Os bancários estão abertos a estabelecer alternativas às demissões e vão manter-se mobilizados para que as reivindicações sejam atendidas. Se as alternativas forem aplicadas na sua integridade, as demissões não deverão ocorrer", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Histórico – Há seis meses representantes dos bancários e da direção do banco negociavam alternativas às demissões, mas, alegando uma decisão do grupo na Espanha, o banco desrespeitou o processo, demitiu 400 trabalhadores no dia 15 janeiro, e suspendeu as negociações que também caminhavam para o fechamento do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho. Só no ano passado foram fechados mais de 2.700 mil postos de trabalho no Santander e no Real, sendo 1.600 no segundo semestre.
Os bancários defendem como alternativas às dispensas, o pleno funcionamento do centro de realocação interno, a implementação da licença remunerada para quem está em pré-aposentadoria e o incentivo à aposentadoria para os trabalhadores que já estão aptos. "É perfeitamente possível criar condições para que novas vagas sejam criadas e que os trabalhadores sejam reaproveitados, basta o banco espanhol se comprometer nesse caminho", completou Marcolino.
Também participaram da reunião com o Sindicato Gilberto Trazzi e Jerônimo dos Anjos, superintendentes de relações sindicais.