O Bloco dos Bancários toma as ruas do centro velho de São Paulo, nesta quinta-feira 11 de fevereiro, a partir das 12h, abrindo o carnaval da categoria. Como adereços, barrigas e seios postiços, além de chupetas e bonecos de bebês, no desfile do bloco que tem como tema “Licença-maternidade é conquista, Não demita meus pais e Estabilidade para os pais”. A concentração será em frente à sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Rua São Bento, 413).
Apesar da ampliação da licença-maternidade para 180 dias na categoria bancária estar prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) – conquista da última campanha salarial após negociações e greve –, ainda há bancos que continuam desrespeitando esse direito. Diferentemente das outras empresas, as instituições financeiras têm o dever de conceder a licença ampliada às bancárias que solicitarem.
“Como o direito está previsto no nosso acordo (cláusula 24ª da CCT), os bancos têm de respeitar, não é facultativo como para outros setores”, explica o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, destacando que desde 23 de dezembro está valendo a lei que renovou o Programa Empresa Cidadã. “A partir dessa data, todas as bancárias que tiverem solicitado a licença-maternidade até um mês após o parto têm direito ao afastamento de 180 dias.”
Das grandes instituições financeiras, apenas o Santander e o HSBC ainda não estão respeitando os direitos das bancárias e são constantemente cobrados pelo Sindicato. As empresas que já respeitam o direito à licença-maternidade de 180 dias são Bradesco, Itaú Unibanco, Safra, Banco do Brasil, Nossa Caixa, Caixa Federal, Citibank, VR, ING, Intercap, Industrial, Rendimento, Daycoval, Pine, Merril Lynch, Cruzeiro do Sul, Cacique e BES.
CCT – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 460 mil bancários no país, cerca de 48% mulheres.
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