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Crédito alavanca lucro do BB que chega a R$ 12,2 bi

Linha fina
Segmento cresceu 25% em 2012, inadimplência teve queda e ativos ultrapassaram a cifra de R$ 1 trilhão
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São Paulo – O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 12,2 bilhões em 2012, crescimento de 0,65% em relação a 2011 quando foram registrados R$ 12,1 bilhões. O resultado consta do balanço da instituição financeira divulgado nesta quinta 21, o qual também destaca que apenas de setembro a dezembro do ano passado o lucro líquido foi de R$ 4 bilhões, alta de 45,5% em relação ao trimestre anterior.

Os ativos do banco também cresceram, passando de R$ 981 bilhões para R$ 1,15 trilhão, evolução de 17,2% em relação a 2011.

Segundo informações da instituição financeira, a expansão da carteira de crédito, que chegou a R$ 581 bilhões, foi o principal fator para o aumento do lucro líquido. Apenas a carteira pessoa jurídica (PJ) subiu 30,3% em doze meses.  O crescimento do segmento chegou a 24,9% no ano passado na comparação com 2011. Com esse resultado, o Banco do Brasil manteve a liderança na concessão de crédito no Sistema Financeira Nacional (SFN), detendo 20,4% da participação de mercado, contra 19,2% em 2011.

O aumento na carteira de crédito não provocou elevação na inadimplência. Na verdade, segundo informação no balanço, ao final de 2012 os índices do BB se mantiveram menores do que os observados no SFN. Para operações vencidas com mais de 90 dias ficou em 2,05%, abaixo dos 2,19% registrados em  setembro de 2012 e dos 2,16% em relação a dezembro de 2011. Em igual período, o SFN registrou aumento no seu índice, de 3,60% em dezembro de 2011 para 3,64% em dezembro de 2012.

Condições de trabalho – Se de um lado os números mostram uma excelente saúde financeira, de outro uma informação no balanço revela como os funcionários têm de se desdobrar. Embora todos os indicadores tenham crescido, acarretando aumento de trabalho, o quadro de funcionário permaneceu quase que o mesmo, passando de 113.810, em 2011, para 114.182, em 2012, pífio crescimento de 0,33%.

“Em que pese o governo estar adotando política correta para ampliar a concessão de crédito, baixando os juros, entre outras medidas importantes para o país, é necessário que a direção do Banco do Brasil mude a forma de tratar seus empregados. O número não dá conta para o crescimento da demanda, resultando em muitos casos de adoecimentos e até de bancários que deixam a empresa por não aguentarem o assédio moral”, afirma o diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi.

O dirigente critica também as sucessivas manobras da direção da empresa contra os trabalhadores. “A imposição do novo plano de funções, que provoca inclusive redução salarial, é um exemplo do desrespeito aos trabalhadores. Uma política colocada em prática pela gestão do presidente do BB, Aldemir Bendine, do vice-presidente, Robson Rocha, e dos diretores, Carlos Neto e Carlos Nery, que temos denunciado e combatido diariamente.”


Jair Rosa - 21/2/2013

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