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Governo estuda retirar impostos da cesta básica

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Dilma Rousseff afirma que governo avalia maneiras de fazer com que desonerações em estudo de fato cheguem ao bolso das famílias brasileiras. Medida contribuirá para que inflação seja menor em 2013
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São Paulo – Desoneração integral dos tributos federais que incidem sobre a cesta básica e a revisão de seu conceito são medidas estudadas pelo governo federal e que devem ser anunciadas ainda no primeiro semestre. A declaração da presidenta Dilma Rousseff em entrevista a emissoras de rádio do Paraná, no dia 5, vai ao encontro de iniciativas do governo para que a inflação seja menor em 2013, a exemplo do anúncio das quedas nas tarifas de energia.

De acordo com a presidenta, o governo avalia maneiras de fazer com que as desonerações em estudo cheguem de fato ao bolso das famílias brasileiras. Nos próximos meses, Dilma tem a intenção de avançar nas negociações com os estados para tentar reduzir a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que tem o maior peso sobre os alimentos que compõem a cesta. Por parte do governo federal, o PIS, o Cofins e o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que incidem sobre os produtos da cesta básica, serão eliminados.

Segundo técnicos do governo, em entrevista ao jornal Brasil Econômico, a retirada desses impostos pode reduzir em até 5%, na média, o preço dos alimentos, sendo que alguns produtos podem ganhar ainda mais descontos.  Além disso, a revisão dos itens da cesta básica será outro fator que pode levar os consumidores a terem ganhos maiores.

Ao antecipar a intenção de reduzir os tributos da cesta, Dilma disse que o conceito de cesta básica, que é o mesmo desde 1938, estaria “ultrapassado”, daí a importância de atualizá-lo. “Como a lei que definiu a cesta básica é bastante antiga, nós estamos revisando os produtos que integram a cesta, a fim de que possamos desonerá-los integralmente”, explicou a presidenta.

Queda da inflação – “A inflação, não descuidamos dela em nenhum momento, em nenhuma circunstância. Vários fatores vão contribuir para redução da taxa de inflação neste ano”, afirmou a presidenta. O fator principal que levará à queda, segundo Dilma, é a redução de cerca de 18% nas tarifas de energia para pessoa física e 32% para o setor produtivo. “Além de beneficiar todas as famílias diretamente na conta de luz, a medida estimulará o aumento da produção, das contratações e da competitividade da indústria.”

Dilma Rousseff reconheceu que o aumento do preço da gasolina terá impacto negativo na inflação, mas argumentou que será muito menor do que o benefício trazido pela redução da tarifa de energia. “Uma série de medidas tomadas pelo governo, como a redução da taxa de juros, começará a ter resultados na economia a partir de agora, contribuindo para o crescimento econômico e uma economia mais estável. Vamos continuar desonerando o investimento, a produção e o emprego”, disse.


Redação, com informações da Agência Brasil e jornal Brasil Econômico – 14/2/2013

 

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