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Movimentos sociais engrossam marcha do dia 6

Linha fina
Secretário-geral da CUT destaca participação de vários segmentos da sociedade na Marcha a Brasília, que pedirá por desenvolvimento com valorização do trabalho e distribuição de renda
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São Paulo – Lideranças da CUT e das demais centrais sindicais (CGTB, CTB, Força Sindical, NCST e UGT) estiveram reunidas nesta segunda-feira 4 para finalizar os preparativos da Marcha a Brasília, a ser realizada no dia 6 de março.

O secretário-geral da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Sérgio Nobre, destacou que o tema da mobilização foi ampliado para “Marcha das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais”, sublinhando a importância de uma “ação unificada para sensibilizar o governo e os parlamentares para a pauta da classe, que é de toda a sociedade brasileira, e por um desenvolvimento com valorização do trabalho e distribuição de renda”.

De acordo com Nobre, há um consenso de que as pautas dos trabalhadores possuem importantes pontos de convergência com os demais movimentos sociais, como os 10% do PIB para a educação, que tem um impacto direto na melhoria da qualidade do ensino e muito interesse do movimento estudantil; os 10% do PIB para a saúde, que dialoga com uma parcela ampla da população, com os idosos, as donas de casa e diversos atores sociais; e a própria bandeira do desenvolvimento, pois a continuidade do crescimento econômico traz melhores salários e empregos, elevando o padrão de vida da sociedade.

“Ao contrário do que diziam os neoliberais, com a política de valorização do salário mínimo, o país cresceu e a renda das famílias aumentou. Isso também repercutiu positivamente no reajuste das campanhas salariais, quando a ação sindical e a mobilização dos trabalhadores garantiram reajustes acima da inflação”, disse Nobre, ao destacar que a bandeira da valorização do salário mínimo beneficiou a sociedade como um todo, pois está diretamente ligada ao crescimento e desenvolvimento. “Quando os salários aumentam, é mais dinheiro no bolso do povo e isso vai direto para o consumo, aquecendo a economia”, completou.

Fim do fator – “O fim do fator previdenciário é mais do que uma necessidade, é uma questão de justiça social”, defendeu o secretário-geral da CUT. Para ele, não é possível que um trabalhador passe a vida contribuindo pelo teto e, quando chega o momento da aposentadoria, receber até 40% menos. “Isso é como entrar num consórcio pagando por uma BMW e sair com um fusquinha. É preciso que se receba pelo que se pagou. Não há qualquer justificativa para que esse redutor seja mantido”, disse, ressaltando que o fim do fator previdenciário será uma das reivindicações da Marcha.

Indústria nacional – “Há uma unidade entre as centrais de que toda desoneração precisa vir acompanhada de contrapartidas sociais e que a maior delas é o próprio emprego.” Segundo Nobre, é inadmissível que uma empresa receba incentivos do governo e logo depois venha a demitir, como ocorreu em alguns setores. “Precisamos de contrapartidas, como a melhora das condições de emprego e das relações de trabalho.”

Em relação à defesa do mercado interno, Nobre ressaltou que o mundo todo protege sua produção nacional, as suas empresas, e não há nenhuma razão para que no Brasil seja diferente. “Por trás dessa questão do papel social está o debate sobre o projeto de país, da necessidade de um desenvolvimento inclusivo, com distribuição de renda e valorização do trabalho.”


Redação, com informações da CUT – 5/2/2013

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