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Sindicato cobra respeito a cipeiros do Santander

Linha fina
Bancários querem implementação das deliberações das reuniões da Cipa e encaminhamento de propostas para melhoria de condições de trabalho
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São Paulo - Parece óbvio que os cipeiros precisam ser dispensados para reuniões organizadas dentro do horário de trabalho, mas para o Santander não é. Segundo o diretor do Sindicato e funcionário no banco Marcelo Gonçalves, bancários enfrentam situações constrangedoras neste sentido. “Recebemos denúncia de um trabalhador do SP1 relatando que supervisores solicitam a entrada mais cedo para os funcionários cipeiros em dias de reuniões. Isso é falta de respeito com quem abraçou a causa de cuidar da saúde e condições de trabalho dos funcionários do Santander”, relata o dirigente.

Uma das reivindicações é o aumento de funcionários no SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) para que estes profissionais possam dar conta de encaminhar com agilidade e atenção o que foi decidido e aprovado pelos cipeiros.

O dirigente sindical também lembra que o Sindicato debaterá o papel das Cipas no Fórum de Saúde e Condições de Trabalho - conquista garantida no acordo aditivo específico dos funcionários do Santander - realizado entre o banco e Sindicato, com participação de cipeiros. “As reuniões da Cipa, principalmente as decisões aprovadas nestes encontros, devem ser encaminhadas com urgência e com seriedade pelo banco, para solução de problemas e eliminação de riscos”, alerta o dirigente.

Cipa é direito - A Cipa é um instrumento cujo objetivo é a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais decorrentes das condições de trabalho.

Dentre as funções dos cipeiros destacam-se: garantir, permanentemente, comunicação fácil e direta com todos os trabalhadores para esclarecer, conscientizar sobre a gravidade das doenças ocupacionais e lutar por um Programa de Prevenção às doenças mentais e às LER/Dort; fiscalizar o cumprimento das normas relativas à segurança e à medicina do trabalho; buscar junto com o Sindicato a ampliação dos direitos dos trabalhadores portadores de doenças ocupacionais; realizar Semanas Internas de Prevenção de Acidentes, nas quais sejam efetivamente discutidas as questões pertinentes à saúde e às condições de segurança.

“Explicamos isso tudo para ressaltar que o cipeiro deve ser liberado para as reuniões sem impedimentos e ter acesso a ferramentas de comunicação com todos os funcionários. O Santander deve garantir as condições adequadas e necessárias para o exercício pleno da função de cipeiro. E esses debates deverão ser feitos dentro da jornada de trabalho, sem que ninguém precise pagar por horas investidas nas reuniões”, finaliza Marcelo Gonçalves.


Gisele Coutinho – 8/2/2013

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