
Nesta quinta-feira, 14 de agosto, mesmo dia em que o Banco do Brasil apresentou o seu balanço do segundo trimestre, o Sindicato realizou um protesto em frente ao Edifício Torre Matarazzo, centro administrativo do banco público localizado na Avenida Paulista.
No ato, dirigentes do Sindicato cobraram da direção do Banco do Brasil, entre outros pontos:
- O fim do aumento abusivo das metas;
- Aumento da participação do banco no custeio da Cassi;
- Responsabilização financeira pelo BB da inclusão na Cassi de bancários oriundos de bancos incorporados;
- Manutenção do BB, na aposentadoria de bancários que ingressaram no banco pós 2018, como patrocinador da Cassi.
“A cobrança de meta está aumentando em todas áreas do banco, mas direção do BB parece mirar no aumento abusivo das metas no Varejo para maximizar o lucro. Os bancários estão adoecendo e, quando não se afastam, permanecem trabalhando à base de remédios controlados. Uma situação inadmissível”, enfatiza a dirigente do Sindicato e bancária do Banco do Brasil, Juliana Carminato.
Isonomia de direitos
De acordo com a também dirigente do Sindicato e bancária do BB, Adriana Ferreira, a mobilização pela isonomia de direitos para os trabalhadores oriundos de bancos incorporados deve continuar.
“Tivemos um importantíssimo avanço com o compromisso do BB em assegurar a possibilidade de migração dos oriundos de bancos incorporados para a Cassi e Previ, mas devemos seguir unidos e mobilizados nesta luta, de forma que sejam garantidas para estes trabalhadores as mesmas condições, no emprego e pós emprego, dos que ingressaram diretamente no Banco do Brasil”, enfatiza a dirigente.
Direito à saúde
Juliana Carminato reforça que os temas abordados no protesto desta quinta estão todos relacionados com o direito à saúde do conjunto de trabalhadores do Banco do Brasil. Direito este assegurado pela Constituição Federal.
“O protesto de hoje está totalmente relacionado com o direito à saúde dos bancários do BB. A garantia deste direito fundamental passa pela isonomia entre todos os trabalhadores, sejam eles oriundos de bancos incorporados ou não, contratados pós 2018 ou não. Cobramos do banco que aumente a sua participação no custeio da Cassi; se responsabilize financeiramente pela inclusão dos oriundos de bancos incorporados no plano; e que permaneça como patrocinador da Cassi na aposentadoria dos contratados pós 2018. Afinal, saúde é um direito de todos!”, conclui a dirigente.
Veja abaixo alguns números sobre o adoecimento mental na categoria bancária:
- No estado de São Paulo, em 2024, a categoria bancária foi responsável por 72,30% de todos os acidentes de trabalho por doenças mentais; e de 51,77% de todos os benefícios;
- No município de São Paulo, no mesmo ano, as doenças mentais nos bancários representaram 75,70% de todos acidentes de trabalho e 56,10% de todos os benefícios. Os dados são do INSS;
- Em 2024, o Sindicato dos Bancários de São Paulo atendeu 2.361 trabalhadores adoecidos por doenças psicológicas. Até junho de 2025, foram 1.183 atendimentos;
- O Canal de Denúncias do Sindicato recebeu, em 2024, 518 denúncias só de assédio moral. Até junho de 2025, foram 236;
- A pressão nos locais de trabalho gerou 105 denúncias em 2024, e 51 em 2025.
