São Paulo – O banco Société Générale, um dos maiores grupos financeiros da Europa e um grande banco de varejo da França, voltou atrás e reintegrou um funcionário dispensado após adquirir LER durante os cinco anos e meio de empresa.
“Mesmo dificultando o diálogo com o Sindicato, conseguimos reverter a situação injusta imposta ao trabalhador, que adquiriu a lesão na mão, ou seja, doença do trabalho devido à dedicação excessiva para cumprir as metas do banco”, relatou Raquel Kacelnikas, secretária-geral do Sindicato.
Assim que foi demitido, o funcionário, ao procurar a representação dos trabalhadores, relatou que tentou esconder a doença no início, pois tinha receio de perder o emprego por causa do problema. Porém, começou a ter muitas dores nas mãos a partir de 2010, quando chegou a operá-las, e não conseguiu mais esconder a necessidade do tratamento. Quando precisou se afastar por mais tempo, foi demitido.
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Reintegração – Raquel reconheceu a intermediação feita pelo presidente do banco Cacique, adquirido pelo Société em 2007, no processo de reintegração, pois haviam sido feitas inúmeras tentativas de negociação com a direção do Société. “Apesar de a instituição reconhecer o erro e reintegrar o trabalhador, faltou diálogo da empresa com o Sindicato”, ponderou Raquel.
O funcionário reintegrado ressaltou o papel da entidade nesses casos em que o trabalhador fica desamparado, sem saber exatamente dos seus direitos. “Foi primordial a intervenção do Sindicato, por isso é importante ressaltar isso aos trabalhadores que têm medo de procurar a entidade”, disse o bancário.
“Direito é direito e as pessoas não podem ficar com medo de reivindicá-lo. Até na emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) o Sindicato me ajudou e eu nem sabia que isso existia e que era possível”, completou, ao reafirmar a satisfação e o sentimento de justiça de poder ser reintegrado.
Tatiana Melim – 19/2/2013
