Pular para o conteúdo principal

Ato contra assédio moral no BB da Tiradentes

Linha fina
Sindicato promove protesto contra exposição pública de funcionários, impedimento de realização de tarefas e desvio de função
Imagem Destaque

São Paulo – Os funcionários da agência do Banco do Brasil da Avenida Tiradentes, uma das mais importantes vias da capital paulista, foram recepcionados por representantes do Sindicato, ao som de protestos contra o assédio moral, na manhã da quinta 6.

Além de receber material explicativo sobre o tema, os bancários foram informados sobre a prática de assédio e sobre como denunciar, em meio a faixas com os dizeres “Os trabalhadores bancários merecem respeito” e “Pelo fim do assédio moral e das metas abusivas”.

Exposição de colegas – De acordo com o diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi, várias acusações de assédio moral foram recebidas da agência da Avenida Tiradentes. “As denúncias apontam que o gerente-geral expõe publicamente funcionários por atingimento de metas, dificulta trabalhos e desvia funções dos trabalhadores”, conta o dirigente.

Segundo bancários da agência, as humilhações são continuadas.

Estamos de olho – O gerente-geral negou as denúncias ao representante do Sindicato, mas a entidade vai continuar a acompanhar. “Os gerentes, sejam de relacionamento ou gerais, também são bancários e temos de ouvir a todos. Mas não admitimos assédio moral. Se confirmado, vamos protestar. A agência está agora sob monitoramento”, afirma Ernesto Izumi.

O dirigente sindical lembra que, além da apuração e dos protestos locais, as denúncias de assédio moral são levadas a instâncias superiores do BB.

“O problema do assédio é causado pelas metas muito elevadas e o Conselho de Administração do banco é quem as determina, sem a participação dos funcionários. O frenesi de aumentar os negócios é a origem disso e vamos fazer essa discussão com o Banco do Brasil, através do representante dos funcionários no Conselho de Administração”, diz Ernesto.

Segundo o diretor do Sindicato, “o BB é importante para os brasileiros, mas seu crescimento não pode ser à custa da saúde do trabalhador. O banco e o governo, seu acionista majoritário, têm de estar atentos a essas questões. Por isso protestamos hoje.”

O representante do Sindicato também apurou que há sete vagas de escriturário não preenchidas. A entidade vai reforçar junto à Gestão de Pessoas a necessidade de contratação.

Denuncie – O assédio moral é a exposição repetitiva e prolongada de trabalhadores a situações constrangedoras e humilhantes, que desestabiliza e degrada as relações de trabalho. Na categoria dos bancários é relacionada a metas abusivas e causa sofrimento e adoecimento mental, maior motivo de afastamento de bancários pelo INSS.

“É importante que o trabalhador denuncie para que possamos agir”, orienta Ernesto Izumi.

Os funcionários contam com um canal de denúncia do Sindicato, que registra as reclamações, e cobra do banco providências. Denuncie aqui.

“O Sindicato está a par de casos de punições a administradores, com suspensões e descomissionamentos, além de processos na Justiça impondo multas ao banco”, explica Ernesto. “O Sindicato apura a denúncia, protesta e leva para o banco analisar por meio do canal do Sindicato. No Banco do Brasil, por exemplo, se o caso for considerado procedente, o funcionário 'ficha suja' fica impedido de concorrer em Programa de Ascensão Profissional.”

Leia mais
> Versão digital do jornal O Espelho distribuido no ato


Mariana de Castro Alves – 7/2/2014

seja socio