
São Paulo – Em janeiro o mercado formal de trabalho brasileiro gerou 29.595 empregos formais, correspondendo a um crescimento de 0,07% em relação ao estoque de dezembro de 2013. Já as instituições financeiras mais uma vez foram na contramão e extinguiram 567 postos no mês passado.
O número contrasta bastante com outros setores de serviço, o qual as instituições financeiras integram. O comércio e varejo, por exemplo, ampliou o saldo em 15.311 novos trabalhadores no primeiro mês de 2014. O ensino abriu 4 mil vagas novas. Outros segmentos, como indústria metalúrgica e química, aumentaram, respectivamente, 5.160 e 2.207 o total de postos formais no mesmo janeiro.
Os dados são do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quinta-feira 20.
Bancos - Para evidenciar ainda mais a discrepância, os lucros dos quatro maiores bancos que atuam no Brasil (Banco do Brasil, Itaú, Santander e Bradesco) atingiram cerca de R$ 74 bilhões em 2013, o que equivale ao PIB de 83 países. Por sua vez, esses quatro grandes bancos extinguiram 11.967 postos de trabalho.
A indústria, por outro lado teve uma conduta diferente. Em 2013, o segmento econômico fechou o ano com saldo positivo de 120 mil postos de trabalho.
Geral – O resultado apresentado pelo mercado formal de trabalho é superior ao ocorrido em janeiro de 2013, quando foram gerados 28.900, empregos sendo o sexto mês consecutivo com desempenho favorável, se comparado ao mesmo período do ano anterior.
O saldo de janeiro é resultado de 1.778.077 admissões e de 1.748.482 demissões, ambos representando o segundo maior resultado para o período. Nos últimos 12 meses, foram criados 1.045.848 postos de trabalho, equivalentes à expansão de 2,64%, e no período de janeiro de 2011 a janeiro de 2014, um total de 4.511.820 postos de trabalho foram gerados, representando um crescimento de 10,24% sobre o estoque de dezembro de 2010.
Rodolfo Wrolli – 21/2/2014
