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Renegociação cai e interesse por empréstimo cresce

Linha fina
Brasileiros estão menos inadimplentes e paulistanos estão mais otimistas na hora de tomar crédito
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São Paulo – As famílias brasileiras estão renegociando menos suas dívidas junto aos bancos e os paulistanos estão mais otimistas na hora de emprestar, apontam dados do Banco Central (BC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio SP).

De acordo com dados do BC, em dezembro de 2013, o valor total de renegociações no Brasil foi de R$ 21,1 bilhões, queda de 1,3% com relação ao ano anterior.

Seguindo esse movimento, pesquisa da Fecomércio mostra que o interesse de 2,2 mil paulistanos de entrar em novos empréstimos cresceu 21,4% em janeiro de 2014, comparado com o ano anterior. Houve alta também de 2,9% entre dezembro de 2013 e janeiro.

Para a presidenta do Sindicato Juvandia Moreira, os dados são positivos.

“A elevação da renda dos trabalhadores – impulsionada pela valorização do salário mínimo, por programas de distribuição de renda e também por campanhas salariais vitoriosas como a Campanha Nacional 2013 dos Bancários – permite que as taxas de inadimplência caiam e que as pessoas queiram fazer mais empréstimos hoje”, diz Juvandia.

Entretanto, a dirigente destaca que os resultados seriam melhores se os bancos baixassem suas taxas de juros: “Os bancos precisam baixar os juros. Só assim a população vai pagar suas contas em dia e ainda emprestar mais, aquecendo a economia”.

Itaú, Bradesco e Santander, bancos que já divulgaram seus balanços, apresentaram as menores taxas de inadimplência dos últimos anos. Itaú encerrou 2013 com 3,7% de inadimplência e Bradesco com 3,5%, as menores porcentagens dos últimos cinco anos. Santander fechou dezembro com 3,7%, a menor inadimplência desde 2009, ano da fusão com o banco Real.

Um dos fatores que ajudaram na queda da inadimplência foi que os bancos se voltaram a linhas de crédito de menor risco, como empréstimos consignados e financiamento imobiliário.

Para Juvandia, os bancos deveriam ser menos conservadores. “Se reduzissem juros poderiam emprestar mais. Para ajudar o Brasil deveriam também abrir agências e contratar mais bancários, valorizando o funcionário, para garantir atendimento decente à população”, afirma a dirigente.

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Mariana de Castro Alves, com informações do DCI – 6/2/2014

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