São Paulo – A direção da Caixa Federal finalmente recuou de sua intenção de incluir os resultados do AV Caixa – programa baseado no cumprimento de metas – como um dos parâmetros para a evolução dos empregados no Plano de Cargos e Salários (PCS). O anúncio foi feito em reunião entre dirigentes sindicais e representantes do banco que integram a comissão paritária que discute o aprimoramento do PCS e os critérios para a promoção por merecimento dos empregados. A reunião ocorreu na terça 24.
“Essa questão impedia que o debate avançasse, pois não concordamos em vincular a promoção do bancário à meta. Isso só pioraria as condições de trabalho e aumentaria o assédio moral”, destaca o dirigente sindical Leonardo Quadros.
> Caixa recua na promoção por merecimento
Ficou acertado que a promoção continuará sendo medida por critérios objetivos e subjetivos. Caso o trabalhador atinja a nota de corte, que hoje são 50 pontos, será promovido no PCS.
Nos objetivos, que corresponderão a 50 pontos, serão mantidos os parâmetros adotados em 2013: PCMSO (realização de exames médicos periódicos), horas de capacitação na Universidade Caixa, frequência ao trabalho. Como novidade, a inclusão do chamado desenvolvimento orientado, o qual era considerado pontuação extra.
Os subjetivos, que totalizarão 20 pontos, serão aprofundados nas próximas reuniões. Nesse caso, a Caixa propôs a substituição da avaliação cruzada pela individual. Os representantes dos trabalhadores recusaram e deixaram claro que deve ser mantida a avaliação cruzada, na qual todos os empregados do setor opinam.
“Os próximos debates serão voltados ao estabelecimento de quais serão os parâmetros subjetivos. Estamos empenhados em chegar logo a um entendimento para que o bancário saiba claramente o que fazer para ascender profissionalmente”, acrescenta Leonardo.
A reunião seguinte com a Caixa para discutir o assunto está marcada para 17 de março.
Jair Rosa – 25/2/2015
