Imagem Destaque
São Paulo – O Banco do Brasil fechou o ano de 2014 apontando crescimento de 9,6% em seu lucro líquido ajustado – o qual exclui ganhos extraordinários como o da IPO do BB Seguridade ocorrido em 2013 – totalizando R$ 11,3 bilhões contra R$ 10,3 bilhões do ano anterior. A informação consta de balanço anual da instituição divulgado nesta quarta 11.
Apenas no segundo semestre de 2014 o lucro líquido ajustado foi de R$ 5,905 bilhões, variação de 17,3% ao igual período do ano anterior. Essa deve ser a base para o cálculo da distribuição de 4% entre todos os funcionários para o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados em 27 de fevereiro.
> Banco do Brasil paga PLR no dia 27
O banco público também apresentou elevação nos principais indicadores econômicos. A margem financeira bruta, diferença entre as receitas e as despesas de intermediação financeira, alcançou R$ 50,098 bilhões em 2014, crescimento de 8,8% sobre o ano anterior. As rendas de tarifas apresentaram elevação de 7,6% e totalizaram R$ 25,070 bilhões e a receita financeira com operações de crédito atingiu R$ 83,113 bilhões no período, elevação de 18,7%. Já o total de ativos do BB atingiu R$ 1,437 trilhão, com expansão de 10,2% em doze meses; a carteira de crédito ampliada atingiu R$ 760,9 bilhões, aumentando em 9,8% em 12 meses, entre outros.
O diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários, Cláudio Luis de Souza, destaca que grande parte do resultado é fruto direto do empenho dos funcionários e aponta a necessidade de o Banco do Brasil mudar sua forma de gestão. “O resultado poderia ser melhor se fossem dadas melhores condições aos empregados. A falta de pessoal em muitos locais, principalmente nas agências, compromete o atendimento à população e ainda coloca em risco a saúde dos bancários. Por isso temos batido na tecla de que as metas não podem ser abusivas, os trabalhadores têm de ser mais bem remunerados e tem de haver mais contratações”, afirma.
As críticas do dirigente são confirmadas por outros dados do balanço do BB: enquanto foram inauguradas 74 novas agências em 2014 o número de funcionários caiu de 112.216 para 111.628, redução de 588 postos de trabalho.
> BB não negocia com trabalhadores sobre a Cassi
“O número de pessoas que deixam o banco, principalmente por se aposentar ou na busca de outras empresas para trabalhar, é bem maior do que o de concursados que tomam posse. Isso é um reflexo de como a empresa está equivocada na sua gestão do funcionalismo”, reforça Cláudio Luis, acrescentando que o expressivo lucro no ano passado mostra ser possível à direção da instituição aumentar o aporte para a Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi), evitando onerar ainda mais o plano de saúde dos trabalhadores.
“O número de pessoas que deixam o banco, principalmente por se aposentar ou na busca de outras empresas para trabalhar, é bem maior do que o de concursados que tomam posse. Isso é um reflexo de como a empresa está equivocada na sua gestão do funcionalismo”, reforça Cláudio Luis, acrescentando que o expressivo lucro no ano passado mostra ser possível à direção da instituição aumentar o aporte para a Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi), evitando onerar ainda mais o plano de saúde dos trabalhadores.
Jair Rosa – 11/2/2015