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Ombudsman é canal para demissão no Itaú

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Orientação é para os bancários denunciarem apenas ao Sindicato, onde a identidade de quem conta o problema é garantida
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São Paulo - Desde que o Itaú criou a figura do ombudsman, os sindicatos vêm recebendo denúncias de bancários demitidos após terem divulgado irregularidades por meio deste canal.

Em uma delas, de acordo com o diretor da Fetec-CUT/SP Valdir Machado, uma bancária afirmou ter sido demitida um dia após encaminhar denúncia de descaso no interior do banco.

A diretora-executiva do Sindicato e funcionária do Itaú Marta Soares também já recebeu informações similares. "Os funcionários procuram esse canal pensando que vão resolver seus problemas, mas infelizmente nem sempre é isso que acontece e há, sim, casos que resultam em demissões", afirma. "Também há relatos de denunciantes que passam a sofrer retaliações por terem revelados conflitos com os gestores.

A orientação para casos como esse é para os bancários denunciarem apenas ao Sindicato, onde a identidade de quem conta o problema é guardada a sete chaves. Em casos de assédio moral, a orientação é para usar o instrumento de combate conquistado na Campanha Nacional de 2010, previsto em acordo coletivo, e também com sigilo absoluto.

Confiança quebrada - Ao contrário dos canais sindicais, o ombudsman, ao proceder dessa forma, tem a confiança quebrada. "A justificativa do Itaú para a criação do canal do ombudsman é de proteção às pessoas que fazem as denúncias. Mas, desde a sua criação em 2007, o que temos vistos são retaliações e demissões”, acrescenta Valdir Machado.


Fetec-CUT/SP, com edição da Redação - 3/2/2015

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