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Produção industrial cai em 2014

Linha fina
IBGE destaca, além do setor de veículos automotores, retração em metalurgia e máquinas e equipamentos. Resultado foi o pior em cinco anos
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São Paulo – A produção industrial brasileira fechou 2014 com queda de 3,2%, depois de crescer no ano anterior (2,1%) e cair em 2012 (-2,3%). Segundo o IBGE, que divulgou os resultados na terça 3, o ano teve um "perfil disseminado de taxas negativas, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 20 dos 26 ramos, 60 dos 79 grupos e 63,9% dos 805 produtos pesquisados". Foi o pior desempenho em cinco anos. O principal impacto entre os setores veio de veículos automotores, reboques e carrocerias, que acumulou retração de 16,8%.

O instituto também destaca comportamentos negativos dos setores de metalurgia (-7,4%), produtos de metal (-9,8%), máquinas e equipamentos (-5,9%), outros produtos químicos (-3,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,2%), produtos alimentícios (-1,4%) e produtos de borracha e de material plástico (-4,0%). Entre as seis atividades que tiveram alta na produção em 2014, estão indústrias extrativas (5,7%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,4%).

Das categorias pesquisadas, o IBGE aponta "menor dinamismo" para bens de capital (-9,6%) e bens de consumo duráveis (-9,2%), "pressionadas especialmente pela redução na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (-16,6%), na primeira, e de automóveis (-14,6%), na segunda". Tiveram queda menos intensa em relação à média nacional os segmentos de bens intermediários (-2,7%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,3%).

De novembro para dezembro, a produção industrial caiu 2,8%, com resultados negativos nas quatro categorias econômicas e em 17 dos 24 ramos pesquisados. As principais influências negativas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-5,8%), máquinas e equipamentos (-8,2%, a quarta queda seguida) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,5%).

Na comparação de dezembro com igual mês de 2013, a atividade recuou 2,7%, mesmo com um dia útil a mais. Houve retração nas quatro categorias e em 18 dos 26 ramos. O IBGE cita os desempenhos de veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,5%), produtos alimentícios (-6,1%), metalurgia (-11,3%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-22,6%). Entre os setores com aumento de produção, o principal impacto foi no de indústrias extrativas (9%).


Rede Brasil Atual - 3/2/2015

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