Em defesa da aposentadoria e da Previdência Social, no dia 20 de fevereiro, a partir das 10h, na Praça da Sé, no centro de São Paulo, os trabalhadores realizarão uma Assembleia Nacional para definir um plano de lutas unitário contra a proposta de reforma da Previdência 2019 do governo de Jair Bolsonaro (PSL/RJ).
A reportagem é do Portal CUT.
Para a CUT e demais centrais sindicais que estão organizando a luta de resistência da classe trabalhadora - Força Sindical, CTB, Intersindical, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas e CSB - as propostas sinalizadas pela equipe econômica do governo praticamente acabam com o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros e brasileiras.
O presidente nacional da CUT, o bancário Vagner Freitas, alerta que, embora ainda não haja uma definição do texto final a ser apresentado no Congresso Nacional, as propostas vazadas até agora, como a capitalização da Previdência e a obrigatoriedade de idade mínima para o trabalhador se aposentarem, mostram que o projeto de Bolsonaro é ainda pior do que o apresentado pelo ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) e engavetado após a greve geral que paralisou o Brasil em abril de 2017.
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“As propostas em estudo têm variações, mas os pontos centrais, como a adoção do sistema de capitalização, que não tinha na reforma de Temer, a obrigatoriedade da idade mínima e ter de trabalhar ainda mais para ter direito a 100% do benefício, são extremamente prejudiciais e afetam de forma cruel os mais pobres”, diz Vagner.
A resistência, segundo o presidente da CUT, está sendo construída a partir da base e, no dia 20 de fevereiro, os trabalhadores vão dizer quais foram as deliberações sinalizadas nas assembleias e nos locais de trabalho de todo o País.
“Os sindicatos foram para as bases, estão realizando assembleias e construindo a organização da luta. E as demandas e as deliberações dos trabalhadores serão a base do que iremos definir no dia 20”, explica Vagner. “Pode ser que ainda não tenhamos o conhecimento do texto final, mas sabemos que as diretrizes das propostas são contrárias aos interesses do conjunto dos trabalhadores”.
Mobilizações
A Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, que reunirá trabalhadores de diversas categorias e regiões do país, ocorrerá na Praça da Sé, no centro da capital paulista. Outras ações descentralizadas, como atos, assembleias, panfletagens e diálogo com a base, também estão previstas para ocorrer no mesmo dia ou em outros dias em estados como Bahia, Ceará, Rio de Janeiro, Piauí, e Santa Catarina.
Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora
10h - Praça da Sé, centro de São Paulo
Atos e mobilizações (em atualização)
Amapá
Ato em frente ao prédio do INSS de Macapá
Bahia
10h – Ato em frente a Previdência Social do comércio
Ceará
6h - panfletagem nos terminais de ônibus em Fortaleza
11h – panfletagem na Fábrica Guararapes
13h30 – panfletagem na OI/Contax.
15h - panfletagem nas ruas do centro e Tribuna Livre na praça do Ferreira
Maranhão
Ato unificado - horário e local a definir
Piauí
8h30 - Assembleia da Classe Trabalhadora do estado, em frente ao Prédio do INSS - Praça Rio Branco - centro de Teresina
Rio de Janeiro
15h – Ato no Boulevard Carioca, esquina com a Av. Rio Branco
Rio Grande do Norte
14/02 - Jornada sindical rural em defesa da Previdência
20/02 - Plenária Unificada - horário e local a definir
Rondônia
11/02 a 15/02 - Plenária estadual
Rio Grande do Sul
14/02 - Ato Unitário contra a reforma da Previdência
18h - Esquina Democrática, em Porto Alegre
Santa Catarina
15h - Ato no largo da Catedral, no centro de Florianópolis
Sergipe
Assembleia Estadual em Aracaju - horário e local a definir
Tocantins
16/02 - Plenária Unificada Estadual