A direção da Caixa não tem limite quando o assunto é desrespeito aos empregados. Em pleno Dia Nacional de Luta (nesta quarta-feira 5) contra a reestruturação anunciada pelo banco no segmento varejo, 45 trabalhadores da Cerat-SP foram surpreendidos com a notícia do fechamento da unidade em 1º de março. A Cerat-SP é uma das seis unidades centralizadoras de atendimento telefônico da Caixa no Brasil (o fechamento da unidade em Fortaleza também foi anunciado para a mesma data). Com isso, os empregados da Cerat-SP têm como única opção a transferência compulsória para outra unidade em alguma outra capital do país.
Nesta quinta-feira 6, dirigentes do Sindicato e da Apcef-SP estiveram na unidade e conversaram com os empregados.
“A Caixa trata seus empregados como caixeiros viajantes deixados à própria sorte. Como se, de uma hora pra outra, desse para colocar a mudança, a família, a escola das crianças numa caixa de madeira e sair de casa rumo à capital de outro estado brasileiro. Isso é inamissível, uma falta de respeito absurda da Caixa. À direção da unidade, o Sindicato e a Apcef-SP solicitaram que a reestruturação fosse reavaliada, além da volta da licença-prêmio, de 18 dias, para empregados novos”, enfatiza o dirigente sindical Francisco Pugliesi, o Chico, empregado da Caixa.
Chico lembra que o governo Fernando Henrique Cardoso retirou o direito dos TBs da Caixa, uma conquista justificada pela necessidade de mudança contínua de localidade.
“Assim como nesta quarta-feira, Dia Nacional de Luta, discutimos aqui na Cerat-SP com os empregados os efeitos da reestruturação. Os bancários fizeram questionamentos que serão levados para a negociação com a direção do banco no dia 12 de fevereiro. Inclusive, todos os empregados podem participar online preenchendo o formulário abaixo até a véspera, dia 11”, acrescenta o dirigente.