O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região esteve presente em todas as Superintendências Regionais da Caixa em São Paulo e Osasco e realizou atividades com a população em diversas regiões, nesta quinta-feira 13, dia nacional de luta contra a reestruturação promovida pela direção do banco. Na última segunda-feira 10, a direção da Caixa Econômica Federal anunciou um cronograma de reestruturação que ameaça funções e o papel social do banco.
Os protestos foram realizados em todo o país. Na base do Sindicato, a mobilização ocorreu em Santo Amaro, Itaquera, Penha, Santana, Osasco, Sé e Paulista.
“A reestruturação está acontecendo, todo mundo está vendo, mas a Caixa continua negando a finalidade dela, que é de desmontar o caráter público que a empresa tem. Essa empresa continental que é a Caixa ajuda milhares de trabalhadores brasileiros em todos os cantos do Brasil, e a direção quer promover este desmonte, transformando em um balcão para serviços que ela ainda quer terceirizar e tirar de dentro da Caixa”, afirmou o dirigente sindical Ricardo Terrível. “Então hoje estamos na rua, nas SRs que estão marcadas para deixar de existir, para denunciar tudo isso à população e conversar com o povo e alertar que estão destruindo nossos direitos”, completou.
O anúncio da reestruturação deixou bancários apreensivos. Uma empregada da Caixa relatou preocupação em relação a uma colega, que está em licença-maternidade.
“Tenho uma colega na minha agência que é Gerente de Relacionamento e está de licença-maternidade. Eu tive que avisar pra ela mandar o tal e-mail para revalidar a função, pois a Caixa não mandou nada pra ela. Fico pensando se eu não tivesse o celular dela, como ficaria a situação”, afirmou.
Na terça-feira 11, a aplicação da reestruturação foi suspensa pela Justiça a partir de uma ação impetrada ela Contra-CUT até que sejam realizadas negociações no âmbito da Mesa Permanente de Negociação. Na quarta-feira 12, a Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa) e a direção do banco passaram todo o dia reunidos para discutir o processo de reestruturação imposto aos bancários, mas a direção do banco não respondeu às perguntas dos empregados, não aceitou parar a reestruturação e não concordou em negociar, encerrando a reunião.
