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Presidente do BB desdenha lucros passados e anuncia pagamento da PLR dia 5

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Para Rubem Novaes, ‘após resultado fraco em gestão petista, banco começou escalada’; resultado de 2019, de R$ R$ 18,162 bilhões, aumento de 41,2% em relação ao ano anterior, é reflexo, entre outros, da redução do número de funcionários e de agências e da carteira de crédito
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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, anunciou nesta quinta-feira 13 o pagamento da segunda parcela da PLR 2019 no dia 5 de março. Na ocaisão, ele comemorou o lucro líquido do BB de R$ 18,162 bilhões em 2019, um aumento de 41,2% em relação ao ano anterior, e desdenhou de resultados passados. “Após resultado fraco em gestão petista, banco começou escalada”, ironizou, acrescentando que o BB “está vivendo um momento extremamente feliz em sua história”.

Para o dirigente sindical Getúlio Maciel, funcionário do BB, Novaes comemora o resultado do ano passado e a rentabilidade em 17,3% (aumento de 3,4 pontos percentuais em relação a 2018) tripudiando, entre outros, em cima da redução de agências e de postos de trabalho (3.699 fechados em 2019, com o banco totalizando 93.190 funcionários) e da crise econômica.

“Além da diminuição do número de agências e de postos de trabalho, principalmente depois do Plano de Adequação de Quadros (PAQ), que teve a adesão de 2,3 mil funcionários, houve em 2019 queda na carteira de crédito, drástica no segmento micro e pequena empresa, e aumento de 6,5% das receitas das tarifas aos clientes. Com a economia brasileira colapsada, o BB, que deveria retomar seu papel de indutor do crescimento econômico e social, reduz crédito para uma população a cada dia mais subempregada, quando não desempregada, e para o pequeno empresário, que é quem poderia fazer a roda voltar a girar gerando empregos e riqueza para o país”, salienta o dirigente.

“É muita desfaçatez comemorar um resultado tão expressivo obtido às custas do esforço de funcionários cada vez mais massacrados pelos sucessivos desmontes promovidos pela direção do banco e pelo governo Bolsonaro. A maior fatia do bolo do lucro recorde não será dividida com os trabalhadores tampouco com a população. Pelo contrário, será partilhada com banqueiros de instituições privadas de olho, tais quais aves de rapina, no montante recorde e no aumento da rentabilidade do Banco do Brasil, que abre caminho para a privatização”, acrescenta Getúlio.

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