O Sindicato e a Apcef/SP têm reivindicado da Caixa um acordo de home office para os empregados e sua extensão aos que estão em projeto remoto simplificado, aplicado durante a pandemia. Diferentemente do que já aconteceu com outros bancos, a direção da empresa ainda não se comprometeu com o pagamento da ajuda de custo para gastos domiciliares (energia, internet etc.) tampouco com o fornecimento de mobiliário e infraestrutura para os bancários em regime de teletrabalho. Além disso, estes empregados da Caixa estão sem marcar o horário do expediente, o que tem comprometido o controle da jornada e causado sobrecarga de trabalho.
“É necessário que a Caixa, a exemplo de outras instituições, defina junto com as entidades representativas dos trabalhadores um contrato que resguarde a saúde e condições de trabalho dos bancários e também equalize o trabalho em home office nos diferentes setores da empresa conforme o contrato de trabalho original. Reivindicamos que haja um controle da jornada, para evitar a sobrecarga de trabalho, e a justa remuneração dos empregados que trabalharem além do horário”, enfatiza a dirigente Vivian Sá, empregada da Caixa.
O movimento sindical conquistou, desde o início da pandemia, avanços importantes na proteção dos trabalhadores contra o coronavírus, mas, em relação ao home office da Caixa, eles ainda são insuficientes.
“É importante frisar que a Caixa não pode se aproveitar da necessidade do projeto remoto, que foi implementando para a proteção dos empregados durante a pandemia, para se beneficiar do trabalho gratuito dos bancários. Temos recebido uma série de denúncias relativas às jornadas, onde alguns trabalhadores relatam que a chefia diz que o home office seria um benefício a ser pago pelo empregado com horas de trabalho a mais e disponibilidade fora da jornada de trabalho. A responsabilidade sobre as condições de trabalho deve ser da direção da empresa, e não dos empregados. Alertamos às chefias que a referência para os acordos de demanda deve ser atividade compatível com a jornada de trabalho de 6 e de 8 horas, conforme a função ocupada, em respeito aos empregados”, acrescenta o dirigente Leonardo Quadros, presidente da Apcef/SP.