A partir de abril deste ano, a taxa de carregamento dos planos de benefícios da Previ será reduzida de 4% para 3,5%, com ganho significativo principalmente para associados do Previ Futuro, que terão um aumento correspondente ao saldo da conta e, por consequência, do da aposentadoria no futuro.
“Estamos reduzindo a taxa de carregamento do Previ Futuro, que já foi de 5% em 2010, ao longo do tempo, cumprindo um compromisso dos dirigentes eleitos. Com essas reduções, o associado é duplamente beneficiado, uma vez que a taxa de carregamento incide tanto sobre a contribuição dos participantes como do patrocinador Banco do Brasil. Essa diferença é acrescentada ao saldo de conta de cada associado e depois na aposentadoria”, esclarece Márcio de Souza, diretor eleito de Administração na Previ.
“A redução da taxa de carregamento é uma reivindicação antiga dos associados, que foi aprovada como bandeira de luta nos Congressos Nacionais dos Funcionários do Banco do Brasil e defendida nas instâncias da Previ pelos diretores e conselheiros eleitos. Essa é uma das grandes vantagens de termos no nosso fundo de pensão um modelo de governança em que os associados têm poder de fato de decisão e de fiscalização”, afirma Getúlio Maciel, representante da Fetec-CUT/SP na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
É importante esclarecer que a taxa de carregamento ocorre somente sobre o valor da contribuição, ao passo que a taxa de administração incide sobre o saldo total de contas do participante. Elas compõem as despesas administrativas.
Segundo Márcio, a redução da taxa de carregamento do Previ Futuro foi possível por conta da redução das despesas administrativas da Previ, que é uma das mais baixas do sistema de previdência complementar graças à boa gestão da entidade. A despesa administrativa da Previ é hoje menor do que em 2010.
Despesa administrativa da Previ é uma das menores
Essa vantagem da Previ pode ser comprovada pelo “Relatório das Despesas Administrativas das Entidades Fechadas de Previdência Complementar” do exercício de 2020, divulgado em julho pela Previc, órgão regulador do sistema de previdência complementar fechado. O estudo abrange os 292 fundos de pensão do país, que administram 1.129 planos de benefícios.
A Previ apresentou 0,13% de taxa de administração (despesas administrativas sobre o total de recursos garantidores). É o menor índice entre os cinco maiores fundos de pensão do país. Os outros quatro são, pela ordem de tamanho: Petros (custo administrativo de 0,24%), Funcef (0,22%), Funcesp (0,20%) e Itaú Unibanco (0,34%). A taxa da Previ representa menos da metade da taxa de administração média (valor gasto com despesas administrativas dividido pelo total dos recursos garantidores) do sistema, que foi de 0,28%. Confira aqui o estudo da Previc.
Se comparada a Previ com os 11.300 fundos de investimentos e mais de 1.200 fundos de previdência abertos vendidos pelo mercado, a diferença é ainda maior. O custo de administração médio de uma carteira de ativos similar à da Previ, estimado a partir de dados da Anbima, é de 1,33% ao ano, 10 vezes maior que o da Previ (0,13%).
Os planos abertos, vendidos pelos bancos, cobram em média 1,5% de taxa de administração ao ano. Isso significa que os bancos ficam com boa parte da poupança do participante, comprometendo o valor de seus benefícios.
“A previdência fechada, que cumpre papel social sem fins lucrativos, tem o propósito de gerar uma aposentadoria digna para seus participantes. Já as entidades abertas, que agora podem gerir planos de servidores públicos, cobrando taxas de administração elevadas, têm o objetivo final de ampliar os lucros das instituições financeiras”, conclui Getúlio.