O Sindicato dos Bancários de São Paulo e a Contraf-CUT enviaram, na quarta-feira (5), ofício à Caixa Econômica Federal solicitando a antecipação do pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), referente aos resultados de 2024.
A primeira parcela foi paga aos empregados em setembro, logo após a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) PLR Caixa. E conforme o ACT, o banco pode pagar a segunda parcela da PLR de 2024 até o dia 31 de março.
No ofício, ressalta-se que “muito embora a cláusula sexta, parágrafo oitavo, do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) – PLR 2024 tenha previsão de pagamento até o dia 31 de março de 2025, sabe-se que nos meses de janeiro e fevereiro concentram-se as maiores despesas por parte dos trabalhadores, em razão da cobrança de IPTU, IPVA, matrícula e material escolar, entre outras, razão pela qual se justifica a solicitação para que o banco faça o pagamento em data antecipada”.
PLR é conquista
“O acordo que garante a PLR aos bancários é fruto de muita luta e negociação. Na Caixa, além da regra geral, ainda conquistamos a PLR Social, aumentando a distribuição dos lucros para empregados e empregadas. A cada campanha salarial, esse acordo é renovado. Por isso precisamos sempre valorizar a unidade da categoria e a mesa única de negociação, que nos dá mais força para garantirmos as conquistas. Agora esperamos que a Caixa atenda nossa demanda e antecipe o pagamento da PLR para valorizar o trabalho de quem constrói a Caixa todos os dias: os empregados e empregadas”, destaca Luiza Hansen, diretora do Sindicato e empregada da Caixa.
“Esperamos que o pagamento seja efetuado o quanto antes, como um reconhecimento do esforço das empregadas e empregados, que trabalham com sobrecarga, estrutura inadequada, problemas nos sistemas operacionais e sob forte pressão pelo cumprimento de metas, o que os leva ao adoecimento”, reforçou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.
União e luta
“A PLR é uma das conquistas mais comemoradas pela categoria. Ela se soma às mais de 100 cláusulas da nossa CCT nacional, das quais 85% preveem direitos acima do que determinam as leis trabalhistas. Todas essas conquistas vêm da nossa união e força, e da importância da via negocial. Temos muitos desafios para nossa organização nesta conjuntura de mudanças tecnológicas no mundo do trabalho e ataques constantes aos direitos trabalhistas e sociais, e mais do que nunca precisamos nos manter mobilizados e organizados.”
Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
