As falhas nos sistemas de segurança dos bancos colocam em risco diariamente a vida de bancários e clientes. Essa realidade se tornou pública e só será modificada quando os bancos investirem permanentemente em segurança bancária. Não é de hoje que o Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e Região alerta sobre a grave situação da segurança no sistema financeiro. Entre 2005 e 2006 o número de assaltos a banco em São Paulo registrou aumento de 82%.
Outro reflexo do descaso dos bancos é verificado por meio das multas aplicadas pela Polícia Federal às instituições financeiras por desrespeito à legislação de segurança do setor. Somente em dezembro de 2006, os bancos pagaram aproximadamente R$ 985 mil em multas, valor 11 vezes maior do que o desembolsado em junho do mesmo ano.
“Ausência ou número insuficiente de vigilantes, falta de fardamento adequado (colete à prova de balas), alarme e portas de segurança com defeito, problemas ou ausência de câmeras de vídeo, além de falta de plano de segurança são as principais infrações cometidas pelos bancos em todo o país. O setor não pode mais virar as costas para a segurança de bancários e clientes. O lucro que os bancos registram não justifica a economia que buscam em área tão importante como a da segurança”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. O Sindicato aguarda agendamento, por parte de federação dos bancos, da próxima rodada da mesa de negociação sobre segurança. Somente uma reunião aconteceu, desde que a mesa foi reinstalada após a campanha nacional 2006.
“Entre as medidas que consideramos fundamentais para reduzir os riscos nas agências estão investir na constante qualificação de vigilantes e mantê-los devidamente fardados e em número suficiente nas agências. Os bancários não devem portar mais chaves de cofres para evitar seqüestros e manter dispositivos de segurança em pleno funcionamento ao lado das portas giratórias”, ressaltou Luiz Cláudio Marcolino.
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