São Paulo – O Ministério da Saúde divulgou que irá iniciar a distribuição de cerca de 20 milhões de preservativos à população feminina. O primeiro lote começa a ser entregue em maio e, de acordo com informação publicada pela Agência Brasil, as populações abrangidas obedecerão critérios de vulnerabilidade a doenças sexualmente transmissíveis (DST), incluindo a aids e as hepatites virais.
Segundo o Ministério, o público-alvo será constituído por profissionais do sexo, mulheres em situações de violência doméstica e sexual, pessoas com HIV/Aids, usuárias de drogas e seus parceiros e pacientes do DST. Além dessa população, o material também será destinado a pessoas de baixa renda e usuárias do serviço de atenção à saúde da mulher que tenham dificuldade em negociar o uso do preservativo masculino com o parceiro.
Essa é a primeira aquisição feita pelo governo de camisinhas femininas de terceira geração – fabricadas com borracha nitrílica – e foram investidos cerca de R$ 27,3 milhões, sendo o preço unitário R$ 1,36. As 20 milhões de unidades deste ano representam aumento de 25% em relação à compra de toda a série histórica, que totaliza 16 milhões de camisinhas.
Uma pesquisa feita pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais em 2008 mostrou que cerca de 90% das mulheres sexualmente ativas no Brasil conhecem ou pelo menos já ouviram falar da camisinha feminina.
De acordo com a pasta, estudos demonstram ainda que saber onde conseguir a camisinha é um fator essencial para o seu uso e que mulheres que não sabem onde encontrar o preservativo têm 81% a menos de chance de fazerem sexo protegido.
A forma de distribuição ainda será definida pelo Ministério de Saúde e o plano de ação levará em consideração a demanda e a necessidade de cada Estado.
Redação, com informações da Agência Brasil - 20/3/2012
