São Paulo - Uma parceria entre o Sindicato, Contraf-CUT, UNI Sindicato Global, CUT e a Sindicato Internacional de trabalhadores em comunicação norte americano CWA (Comunicator Workers of America) pretende formar uma aliança internacional conjunta para atuar em favor dos trabalhadores do setor financeiro do Brasil e dos Estados Unidos.
"Começaremos a construção de uma organização mais ampla de trabalhadores do setor financeiro nos Estados Unidos conectando-a com questões atuais da economia americana (hipotecas residenciais, débito público) e com a indústria financeira global (empresas que não estão sujeitas à regulamentação do país em que opera), através de coalizões com outros sindicatos bem como a comunidade e organizações progressistas", diz o protocolo de intenções da aliança.
Como estratégia, foi lançada uma versão bilíngue da publicação O Espelho, velha conhecida dos funcionários do Banco do Brasil, intitulada The Mirror. A revista pretende informar e conscientizar os cerca de 200 funcionários norte-americanos do banco público brasileiro sobre seus direitos, além de outras ações envolvendo os demais bancos dos EUA. "O Banco do Brasil é o único banco na América a ter um Acordo Marco Global", diz William Mendes Coordenador da COE e Nacional do Banco do Brasil.
A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, explica que o objetivo da aliança é apoiar os trabalhadores norte-americanos para que se organizem como os bancários brasileiros. “Nossa organização sindical é referência para outros países, e por isso queremos compartilhar experiências”, diz.
Atraso - Os Estados Unidos, analisando sob o prisma da liberdade e do direito de organização sindical, está atrasado. São poucas as categorias que podem se sindicalizar sem sofrer ameaças ou retaliações patronais. E com os funcionários bancários não é diferente.
A diretora executiva do Sindicato Rita Berlofa destaca que um terço de todos os trabalhadores bancários no mundo está nos Estados Unidos. No entanto, sua organização sindical é inexistente. “Os Estados Unidos são dos únicos onde os funcionários do sistema financeiro não são sindicalizados e isso coloca em risco a organização dos trabalhadores no mundo. A coordenação sindical deve ultrapassar as fronteiras dos países e assumir um caráter internacional”, acredita.
Mário Raia, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, explica que a aliança entre as entidades sindicais dos dois países visa a construção de uma organização mais ampla de trabalhadores do setor financeiro. “Queremos desenvolver um relacionamento mais estreito com o movimento sindical norte-americano, buscando ações políticas conjuntas, com o objetivo de fortalecer a categoria, tanto lá como aqui”, diz.
Redação - 6/3/2013
Linha fina
Sindicato, Contraf, UNI Sindicato Global, CUT e CWA fazem aliança internacional entre organizações sindicais
Imagem Destaque