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Conferência do setor financeiro é pauta da CUT

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Encontro do Macrossetor Comércio, Serviços e Logística definiu também como eixos qualificação profissional, combate à terceirização e rotatividade e data-base unificada
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São Paulo – Passo fundamental no caminho da regulamentação do sistema financeiro, bandeira histórica do Sindicato, a realização de uma conferência nacional sobre o setor foi reafirmada também como pauta da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

No encerramento do Encontro do Macrossetor – Comércio, Serviços e Logística, organizado pela CUT e realizado na terça 12 e quarta 13, as lideranças sindicais definiram também que unificar a data-base, dividir uma pauta comum e combater a rotatividade e a terceirização são prioridades para confederações, federações e sindicatos.

A realização de uma conferência nacional sobre o sistema financeiro agrada também a presidenta da República, Dilma Rousseff. Segundo o presidente da CUT, o bancário Vagner Freitas, Dilma sugeriu, ainda, que o debate fosse ampliado para direitos do consumidor.

A secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, presente aos debates, lembrou que o Banco Central ainda não cumpre como deveria seu papel de fiscalizador das instituições financeiras, e a regulamentação do setor financeiro é essencial para o desenvolvimento do país.  “Por tudo isso, a categoria reivindica a realização de uma conferência nacional sobre o setor financeiro. Se queremos um Brasil diferente, o BC tem de assumir de fato seu papel”, afirmou.

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Rotatividade e terceirização - Temas presentes em praticamente todas as intervenções, a terceirização e a rotatividade também estão na agenda da CUT. “O assunto está sendo discutido no Congresso, mas a CUT estará mobilizada ao lado das outras centrais para combater esse mal. Nem toda terceirização é predatória, mas temos que ter uma regulação que não permita a retirada de direitos e a desorganização dos sindicatos”, comentou Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT.

Raquel destacou que havia cerca de 1 milhão de bancários nos anos 80, espalhados por centenas de bancos, dentre eles, instituições públicas em todos os estados do país. Hoje, são apenas seis grandes bancos e quatro públicos estaduais e a categoria soma cerca de 500 mil bancários.

Os dirigentes ressaltaram também a necessidade de promover campanhas para combater práticas antissindicais e acabar com o financiamento da desnacionalização das empresas por meio de recursos públicos a partir do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e fundos de pensão.

A importância de o Estado dar atenção a setores estratégicos, como portos, aeroportos e comunicação, também foi debatida, entendendo que o governo tem ouvido pouco os trabalhadores e movimentos sociais nestes temas.

Outro eixo de luta definido no encontro é educação e qualificação profissional. “No setor de comércio e serviços as pessoas têm, em média, nove anos de escolaridade, há ainda analfabetismo no campo, e os cursos profissionais, para quem vai trabalhar na indústria, quando são privados, custam em média de R$ 1.200. São proibitivos”, criticou Sérgio Nobre.

Próximo passo – Antes de reunir trabalhadores do Comércio, Serviços e Logística, a CUT já havia realizado outros dois encontros de macrossetores: da Indústria e do Serviço Público. Será ainda realizado o último debate, do macrossetor rural, que deve ocorrer em maio. A seguir, com o apoio de um representante de cada região do país, a Central organizará uma coordenação para elaborar propostas que, imediatamente, serão entregues à presidenta Dilma Rousseff.  


Redação, com informações da CUT – 14/3/2013

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