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Redução da tarifa de energia derruba inflação

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Queda média de 15,17% foi maior responsável por desaceleração de 30% do índice oficial do país
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Rio de Janeiro – A queda média de 15,17% nas tarifas de energia em fevereiro deste ano foi a principal responsável pela redução do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país. Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice caiu 30%, dos 0,86% de janeiro para 0,6%.

Os maiores impactos da redução das tarifas de energia em fevereiro foram sentidos pelos moradores de Goiânia, onde houve uma queda de 15,97% no valor, e Belém, onde os preços caíram 16,57%. Nos dois primeiros meses do ano, as tarifas acumularam queda de 18,49% em todo o país.

Segundo a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina dos Santos, como a redução se concentrou em janeiro e fevereiro, os consumidores não sentirão mais o impacto direto dessa política governamental. Apesar disso, de acordo com a pesquisadora, como a queda também afetou o setor produtivo, os consumidores poderão sentir o impacto indireto por meio da redução do custo dos produtos e do repasse para o preço final ao consumidor.

Gasolina - Por outro lado, o aumento de 4,1% no preço da gasolina em fevereiro impediu impacto maior da redução do custo da energia elétrica no bolso do consumidor. A alta contribuiu para que a inflação de fevereiro deste ano ficasse acima da taxa do mesmo mês de 2012, de 0,45%.

Alimentos - No acumulado dos 12 meses, a inflação oficial chega a 6,31%. Aqui, os alimentos e serviços têm impacto importante, com inflações de 12,48% e 8,65%, respectivamente. “Os [aumentos de preços dos] alimentos têm como causa principal os problemas climáticos. E os serviços estão tendo uma demanda grande, principalmente por serviços mais sofisticados, como cabeleireiros, e são resultado da renda do consumidor”, disse Eulina dos Santos.

Entre os grandes vilões da inflação dos alimentos estão a farinha de mandioca, que teve aumento de preços de 16,15% em fevereiro e acumula alta de 141,33% em 12 meses, e o tomate, com alta de 20,17% no mês e 89,4% em 12 meses.


Vitor Abdala, da Agência Brasil, com edição da Redação - 8/3/2013

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