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Categoria cobra rapidez com casos de assédio moral

Linha fina
Em reunião com Fenaban sobre instrumento de prevenção de conflitos, trabalhadores também questionaram respostas padronizadas dos bancos
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São Paulo – Mais agilidade no retorno das denúncias e que as respostas não sejam padronizadas foram algumas das reivindicações dos representantes dos trabalhadores junto à federação dos bancos (Fenaban). A reunião, realizada na quinta-feira 6, discutiu e avaliou o instrumento de combate ao assédio moral. Foram apresentados dados que serão analisados pelo Comando Nacional dos Bancários.

Conquista da Campanha de 2010, o instrumento é um canal de denúncia – clique aqui – por meio do qual o bancário pode informar problemas nos locais de trabalho tendo sua identidade preservada. A grande maioria das queixas refere-se à prática do assédio moral, resultante da pressão pelo cumprimento de metas abusivas. O Sindicato checa se o caso procede e, em caso afirmativo, encaminha ao banco.

“Nas pesquisas feitas junto à categoria, o problema do assédio moral sempre aparece com muito destaque, por isso o instrumento é muito importante e deve ser aprimorado”, afirma a secretária de Saúde do Sindicato, Marta Soares, que representou a entidade na reunião.

Segundo Marta, outro ponto destacado foi a importância da manutenção do sigilo do denunciante. “O instrumento é o canal mais seguro para o bancário fazer sua denúncia porque, como é feita por meio do Sindicato, o nome do denunciante é mantido em sigilo.”

Divulgação – Os trabalhadores cobraram ainda que as próprias instituições financeiras ajudem a divulgar a ferramenta. “Hoje existe uma rotatividade muito grande na categoria e os que estão entrando agora precisam conhecer nossas conquistas. Os bancos observaram que de fato o instrumento foi pouco divulgado por eles”, informa Marta.

A dirigente destaca o avanço da Campanha 2013, que reduziu o prazo de resposta dos bancos de 60 para 45 dias, como um ponto positivo lembrado pelos representantes dos trabalhadores na reunião. “Continuaremos cobrando que os bancos respeitem o novo prazo, agilizem o retorno e evitem respostas padronizadas que, na nossa avaliação, acabam levando o instrumento ao descrédito. Já que exige grande coragem do trabalhador, merece respeito por parte dos banqueiros.”

Marta informa ainda que ficou acordado que será estabelecida, o mais rápido possível, uma data para a renovação da assinatura do instrumento. Apesar de previsto em cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, a adesão dos bancos é voluntária e cada instituição deve assinar o acordo. Atualmente todos os grandes bancos participam do instrumento.


Andréa Ponte Souza - 6/3/2014

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