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Recepcionistas do Itaú BBA devem ser realocadas

Linha fina
Banco terceiriza recepção e Sindicato cobra responsabilidade social na garantia de emprego dos trabalhadores
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São Paulo – No fim de 2013, o Sindicato recebeu denúncias de que a partir de 2014 o banco BBA passaria a ter a mesma administração do Itaú, portanto, o mesmo CNPJ. Agora, com a reestruturação em andamento, as recepções do BBA, que contam com 26 bancárias, serão terceirizadas.

O Itaú BBA em São Paulo funciona em dois prédios na região de Pinheiros, um na Avenida Brigadeiro Faria Lima e outro na Avenida Nações Unidas. “Não é justo que essas funcionárias percam seus direitos ou o emprego. Queremos que todas as trabalhadoras sejam respeitadas e tenham realmente chance de realocação para outras áreas do banco”, destaca a diretora da Fetec-CUT/SP Valeska Pincovai.

Em contato com o departamento de Relações Sindicais do banco, a informação é que seis trabalhadoras já foram realocadas. “Queremos a garantia de realocação das outras 20 funcionárias como responsabilidade social do Itaú. O compromisso do banco é que não haverá demissão, mas estamos de olho no andamento dessas mudanças”, alerta a dirigente.

Para ela, o Itaú está precarizando o trabalho de atendimento na recepção. “Sabemos que a atividade não é de bancário. No entanto, essas funcionárias lidam há muitos anos com essa rotina e, agora, o banco contratará terceiros com salários menores e sem os mesmos direitos. Somos contra a terceirização, prática que causa perdas de conquistas como convênio médico, vales alimentação e refeição, auxílio-creche, PLR, jornada de 30 horas, entre outras. São garantias importantes dos trabalhadores bancários e, que todas as categorias deveriam ter como parâmetro”, ressalta.

Entenda – O Itaú adquiriu 95,75% das ações do BBA Corporate & Investment Bank em 2002. Um ano depois ganhou o nome de Itaú BBA, que é um banco corporativo, para investidores institucionais e empresas com alto faturamento, que atua em diversos países: Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, China, Emirados Árabes, Espanha, EUA, França, Ilhas Cayman, Japão, Peru, Portugal, Reino Unido e Uruguai.

Os bancários que se sentirem prejudicados com o processo de reestruturação do BBA devem entrar em contato com dirigentes sindicais e denunciar os problemas.


Gisele Coutinho – 17/3/2014

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