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Restaurantes do Itaú já não são os mesmos

Linha fina
Bancários se cansam de comida e preço salgados e se queixam de mudanças nas empresas de alimentação de complexos administrativos
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São Paulo – Piorou a qualidade da comida, os preços estão nas alturas. Não está compensando comer nos restaurantes dos centros administrativos do Itaú. O serviço que deveria facilitar a vida dos trabalhadores gera a cada dia mais reclamações depois que o banco mudou a administração dos locais.

No CAU, zona oeste da capital, uma bancária reclama: “A comida está salgada demais, não dá para comer. E os preços subiram muito, não tem condição. Tiraram a opção de café da manhã. Agora, não tem mais pão na chapa, só tem pão com manteiga fria. Não tem mais suco natural, os sanduíches também são industrializados, nada é fresco e feito na hora”, reclama. A opção da trabalhadora é comer fora do centro administrativo, o que nem sempre dá tempo.

A mudança de restaurante no CAU foi feita em novembro. “O anterior era muito bom. Eu gostava da comida, era mais saudável, tinha variedade de alimentos. Tinha café da manhã por quilo e tudo era feito na hora”, conta a bancária. “O banco não pede nossa opinião, simplesmente troca. É o que tem”, conclui.

Para a dirigente sindical da Fetec/CUT-SP Valeska Pincovai, no CA Raposo os funcionários aceitaram os problemas decorrentes da mudança por pensarem ser um período de adaptação. “Mas não dá mais para tolerar, pois a mudança ocorreu há cinco meses. Até a quantidade de moscas aumentou no local. Isso é inadmissível”, protesta. “No ITM e no CTO os trabalhadores sofrem com os mesmos problemas.”

Segundo a dirigente, a área de Relações Sindicais do Itaú alega que estes são os preços que a empresa já utilizava no Ceic e virou parâmetro para as outras concentrações. “Não é justo o reajuste. Os preços nos restaurantes do banco já foram alterados no ano passado, o serviço não teve nenhuma melhora, só piorou, portanto, não há motivos que justifiquem aumento”, destaca.

“No CAT, além dos preços altos no restaurante, nosso intervalo para comer é pequeno, comprávamos os vales antecipadamente. Agora, cortaram esse sistema e somos obrigados a pegar fila para comprar o vale-almoço, não sobra tempo para comer. Na lanchonete, que seria uma opção mais rápida, o atendimento está ruim e uma vitamina custa R$ 8. Tudo subiu muito”, conta outra trabalhadora.

Para Valeska, se preocupar com a saúde dos trabalhadores é também oferecer opções de alimentação saudável dentro dos centros administrativos. “Até o funcionário sair dos complexos para ir a lanchonetes e restaurantes externos, ele perde tempo, corre riscos fora do ambiente de trabalho, sendo que existem opções dentro do banco, que devem ser aperfeiçoadas para melhorar servir os bancários, que pagam pelo que consomem”, finaliza.


Gisele Coutinho – 24/3/2014
 

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