São Paulo – A grande maioria dos reajustes salariais conquistados ao longo de 2014 contabilizaram aumentos reais (acima da inflação medida pelo INPC). É o que mostra levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta quinta-feira 19.
O Dieese analisou 716 unidades de negociação da Indústria, do Comércio e dos Serviços, em todo o território nacional. Desse total, 92% apresentaram aumento real, enquanto 6% igualaram-se ao índice inflacionário e 2% não alcançaram a recomposição salarial. O aumento real médio equivaleu a 1,39%.
Houve aumento da média de reajuste na comparação com 2013, quando a média foi de 1,22%. Em toda a série analisada, o percentual de 2014 só ficou abaixo dos registrados em 2010 (1,66%) e 2012 (1,90%).
No ano passado, o Comércio foi o setor com melhor desempenho: 98,2% das unidades de negociação incorporaram ganhos reais. No setor industrial, 90,9% dos reajustes foram acima da inflação e no de Serviços, 89,2%.
Dentre as poucas campanhas salariais que não conquistaram reajuste em 2014, 3% eram da Indústria, 2,1% em Serviços e menos de 1% no Comércio.
Em média, o ganho real no setor industrial em 2014 foi de 1,38%, percentual próximo ao registrado no ano anterior (1,32%). No Comércio a média de 2014 foi de 1,47%, pouco maior que 1,43% de 2013. E no setor de Serviços o aumento real médio foi de 1,35%, ante 0,96% em 2013.
A categoria bancária, enquadrada no setor de Serviços, conquistou aumento acima da média em 2014, de 2,02%, após uma greve de sete dias.
Redação - 19/3/2015
