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Direção do Itaú promove massacre na Atec

Linha fina
Desde final do ano passado, trabalhadores são demitidos com justificativa de reestruturação na área; Sindicato cobra negociação séria e fim das demissões
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São Paulo – “Reestruturação” e “horizontalização”. Duas palavras “bonitas”, que se referem a mudanças administrativas em empresas ou departamentos, mas que no Itaú nada mais são que uma justificativa para a demissão de centenas de trabalhadores da Atec (Área de Tecnologia).

“Desde o final de 2015, o banco demitiu por volta de 500 bancários da Atec, com a justificativa de reestruturação e horizontalização da área. Um verdadeiro massacre. A grande maioria foi mandada embora sem justificativa plausível, muitos com ótima avaliação de desempenho, apenas por uma redução de custos”, denuncia a dirigente sindical e bancária do Itaú, Valeska Pincovai.

“Um banco que lucrou R$ 23,832 bilhões em 2015, o melhor resultado de uma instituição financeira até hoje no Brasil, não pode tratar assim os trabalhadores que construíram esse número. Muitos dos demitidos foram essenciais na migração do sistema para o CTMM (Centro Tecnológico Mogi Mirim) e agora são tratados sem nenhum respeito, como peças descartáveis”, critica Valeska.

Desde o início do processo de reestruturação da Atec, o Sindicato promoveu protestos, com paralisação dos centros administrativos, para mobilizar os bancários e denunciar os cortes. Além disso, foram realizadas diversas reuniões com representantes do banco, nas quais foram cobradas explicações sobre o processo, realocação dos trabalhadores e o levantamento de quem não deseja de fato continuar no Itaú.

“Acreditamos no processo de negociação para que fosse encontrada uma solução com tranquilidade. Porém, o diretor geral de Tecnologia e Operações, Márcio de Andrade Schettini, se recusa a negociar de forma séria e responsável com os trabalhadores. Profissionais extremamente qualificados, que vestem a camisa do banco, estão sendo descartados sem dó nem piedade”, destaca Valeska.

O Sindicato cobra da diretoria da Atec uma mudança de postura com respeito aos representantes dos bancários, seriedade na mesa de negociação e, além disso, a  interrupção imediata das demissões na área. “Chega! Os bancários da Atec merecem respeito! Esse método de gestão, do usa e joga fora, não pode continuar”, conclui a dirigente.  


Felipe Rousselet – 14/3/2016
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