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Itaú avaliará reivindicações dos bancários

Linha fina
Sindicato conseguiu comprometimento do banco em esclarecer projeto de terceirização de setores: novas negociações serão marcadas
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São Paulo – Com o objetivo de resolver uma série de problemas que atormentam a rotina dos bancários, dirigentes do Sindicato reuniram com a direção da área de call center do ITM e do CAT, do Itaú. Na reunião realizada na quarta-feira 2, o banco assumiu compromisso de avaliar quatro temas questionados pelos representantes dos trabalhadores.

Escalas e plantões – Segundo Antonio Soares, o Tonhão, diretor do Sindicato, no início deste ano o Itaú comunicou a alteração da escala de plantão dos trabalhadores repentinamente, sem alertá-los. Os bancários não podiam mais trocar as datas, o que inviabilizou sua vida social.

“Na reunião, exigimos que o banco avaliasse a mudança e garantisse que os trabalhadores voltassem a ter a possibilidade de troca, caso necessitassem. O banco alegou que a alteração foi feita para garantir o repouso necessário, respeitando a lei e a NR17, de forma que a saúde dos bancários não fosse prejudicada”, relata.

O Sindicato reforçou o pedido de que a medida fosse revista e que, mesmo respeitando a lei, o banco possa abrir a possibilidade de troca, desde que o bancário não trabalhe mais de seis dias consecutivos sem descanso. Os representantes do Itaú disseram estar realizando um estudo e após a conclusão responderão ao Sindicato.

“Hoje os bancários que precisarem realizar a troca, devem procurar o coordenador para ver a possibilidade”, informa Tonhão.

Respeito às pausas – Outra cobrança foi para que a instituição financeira respeite as pausas a que o trabalhador tem direito para idas ao banheiro, ambulatório e feedbacks. “Hoje os bancários ficam até com medo de ir ao banheiro, pois, com o aumento das metas, a aderência exigida é inalcançável”, apontou o dirigente.

O Itaú ficou também de realizar um levantamento e realizar uma negociação a respeito.

Mesa Limpa – Outro ponto discutido foi a possibilidade de os funcionários deixarem suas bolsas embaixo das mesas, assim, caso necessitem utilizar objetos de uso pessoal, não precisem perder tempo indo até o armário.

“O banco informou que essas medidas foram implantadas por segurança e que irá avaliar junto com a área responsável. Também vão checar a possibilidade de mudar os armários para mais perto dos bancários. Desde já, ficou acertado que pessoas com dificuldades de locomoção e necessidades especiais podem ficar com suas bolsas nas mesas”, diz Tonhão.

Terceirização – Motivo de grande preocupação entre os trabalhadores, o tema terceirização também fez parte da reunião. Os representantes do Itaú informaram que existe um estudo para terceirizar algumas áreas técnicas e que, caso isso ocorra, não haverá nenhuma demissão, pois todos os trabalhadores serão realocados. Os dirigentes do Sindicato reforçaram sua posição contra a terceirização e que não aceitam retirada de direitos dos bancários.

“Ao final do encontro ficou firmado compromisso de uma nova rodada de negociação com os pontos que ficaram pendentes e também a construção de um acordo específico de jornada para os trabalhadores de teleatendimento”, concluiu Tonhão.


Luana Arrais - 3/3/2016
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