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Prefeitura de Osasco é cobrada por feriado

Linha fina
Movimento sindical fez reunião para exigir posicionamento de parlamentares sobre dia que deveria ser de folga no município, se não fosse interesse econômico acima do social
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São Paulo – “Em 19 de fevereiro de 1962 Osasco obteve sua emancipação político-administrativa e tornou-se município. A data é comemorada até hoje com muito orgulho por todos nós, que amamos e lutamos pelo progresso desta cidade, a 5ª maior do estado de São Paulo e uma das mais promissoras do Brasil.” É o que está no site da Prefeitura de Osasco, mas para a maior parte dos trabalhadores do município, inclusive os bancários, não deu tempo de comemorar. Não teve trégua no feriado, como já ocorre há alguns anos.

Agências de todos os bancos e a matriz do Bradesco, a Cidade de Deus, funcionaram normalmente. Boa parte do comércio e da indústria também. Por isso, representantes dos bancários, além dos químicos, comerciários e servidores municipais reuniram-se na terça-feira 1º de março para debater com parlamentares na Câmara Municipal de Osasco os problemas causados pelo trabalho no feriado.

“O movimento sindical conseguiu articular essa reunião. O que está em jogo é que o interesse econômico passa por cima dos interesses sociais e não vamos permitir que isso continue ocorrendo sem lutar por mudanças. Todos os anos marcamos presença em protestos no feriado. No entanto, é a prefeitura que precisa intervir e cobrar da federação dos bancos que o feriado seja respeitado”, ressalta o dirigente sindical Alexandre Bertazzo (Na foto, de pé, à direita).

O dirigente destaca que os vereadores presentes na reunião foram cobrados para que o debate continue. “Exigimos posicionamento e comprometimento da prefeitura a favor dos trabalhadores”, conclui.

Entenda – O desrespeito ao feriado municipal em Osasco teve início em 2009, com uma decisão judicial concedida por solicitação do Bradesco. Segundo o acórdão do Tribunal de Justiça, Osasco teria excedido o número de feriados municipais. As demais instituições aproveitaram a situação e, por meio da federação dos bancos (Febraban), também acionaram a Justiça e abrem no feriado.

O Sindicato já ingressou com 24 ações judiciais por hora extra com pagamento adicional de 100% pelo feriado. A Justiça julgou a maior parte das ações em favor dos trabalhadores, entretanto, elas ainda aguardam julgamento de recursos no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os bancos processados são: Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil, Safra, Caixa Federal e HSBC.

Um desses processos já teve desfecho favorável para os bancários. Em ação judicial coletiva, o Sindicato conseguiu que 28 funcionários do HSBC tivessem direito a hora extra com incidência de 100%. O processo está em fase final de execução para que os trabalhadores possam receber.

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Gisele Coutinho – 2/3/2016
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