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Concurso do BB para provimento de 30 vagas é farsa

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Quantidade é insuficiente para suprimir a enorme falta de funcionários e melhorar atendimento; processo seletivo 2018 só serve para retirar direitos
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

São Paulo – O Banco do Brasil abriu na quinta-feira 8 as inscrições para um concurso com 30 vagas para o cargo de escriturário de provimento imediato e mais 30 para cadastro de reserva em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. A quantidade de vagas é insuficiente para suprimir a enorme falta de funcionários, o que, além da sobrecarga de trabalho, contribui cada vez mais para a precarização do atendimento à população no país.

>Falta de funcionários e sobrecarga impulsionam lucro do BB

“Somente aqui em São Paulo, há uma demanda de algumas centenas de trabalhadores”, lembra a dirigente do Sindicato e bancária do BB Silvia Muto.

O banco promoveu, no fim de fevereiro, a transferência compulsória de mais de 50 escriturários dos seus locais de trabalho em São Paulo para tentar reverter a precarização do atendimento agravada com o fechamento de milhares de postos em decorrência dos planos de desligamentos. “A transferência compulsória e arbitrária de nada adiantou. O banco transferiu escriturários de agências com poucos funcionários para outras com quase nenhum. E as agências continuam cheias”, acrescenta a dirigente.

As poucas vagas anunciadas no concurso demonstram que o objetivo da seleção não é dar solução ao quadro deficitário de funcionários, melhorar a qualidade de atendimento e as condições de trabalho, mas sim ratificar a existência de  um novo funcionário do BB: os pós 2018, sem direito à Cassi.

Obedecendo às orientações da resolução 23 da CGPAR (Comissão Interministerial de Participações Societárias da União), o edital público não menciona a oferta de plano de saúde aos novos bancários. “O concurso é apenas mais uma fermenta na retirada de direitos que o conselho diretor do BB coloca em prática a mando do governo golpista. Juntos, vamos continuar lutando para impedir que na canetada retirem a capacidade de sustentabilidade da Cassi e os nossos direitos à saúde” conclui Sílvia.

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