O Sindicato fechou 5 agências do Santander, na zona norte da capital paulista, por falta de funcionários. O fechamento atingiu as agências Santa Inês, Lauzane, Mandaqui, Imirim e Dep. Emílio Carlos consideradas as piores em déficit de funcionário.
A ação ocorreu no dia 21, por conta das inúmeras denúncias que chegaram ao Sindicato e não houve atendimento à população neste dia.
O funcionário do banco e dirigente sindical André Bezerra disse que essa já é uma reclamação antiga dos funcionários e que mesmo o Sindicato cobrando solução, o Santander prefere ficar deslocando caixas ao invés de mais contratação.
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“O banco desloca os bancários de uma agência para outra e isso não resolve o problema. Aliás, só cria mais problemas como sobrecarga de trabalho e assédio moral”.
Bezerra ainda destaca que a falta de funcionário contraria a própria Febraban que determina que em dias de pico, o atendimento não ultrapasse 30 minutos e em dias normais, não demore mais que 15 minutos.
“Recebemos reclamação também de alguns clientes que afirmam ter ficado entre 40 minutos e 1 hora, na fila, esperando ser atendidos. E isso é ruim porque quando o cliente faz reclamação no Banco Central, a agência é penalizada e bancário também”, comenta.
Deslocamento sem reembolso
Em visita a essas agências fechadas, o dirigente ainda disse ter ouvido de bancários que o GG (Gerente Geral), desloca os trabalhadores sem ao menos terem direito de reembolso do transporte.
“Às vezes, o Gerente Geral fala que tem reembolso, e, às vezes, não tem. Com isso, sobra para o caixa arcar do próprio bolso e pagando para trabalhar. Isso é um total desrespeito”.
Pressão por metas
O dirigente constatou também alguns casos de assédio moral praticados pela direção do banco para que os gerentes de relacionamentos PF, PJ e Van Gogh cumpram a meta, denominada de Cota, e não o Mais Certo.
Os bancários relataram também que já a direção regional pede que os bancários cumpram o dobro do Mais Certo, a Cota, e caso isso não ocorra, os gerentes são expostos a situação vexatória, sofrem assédio moral e alguns, inclusive tomam remédio para conseguir trabalhar.
“Tudo isso acontece porque a direção regional do banco quer alçar voos mais altos, em cima do trabalho do bancário e quando ele não consegue atingir a meta estipulada por sua regional, há muito assédio moral e pressão praticada em cima dos trabalhadores. O Sindicato reivindicará junto ao banco providências para esses problemas, e caso persistam os bancários devem procurar o Sindicato para uma ação mais contundente”, finaliza.
