O Brasil registrou 1.910 novas mortes em decorrência da Covid-19 nesta quarta-feira 3. O montante representa novo recorde de óbitos em um único dia. Com isto, o país atingiu um total de 259.271 vítimas fatais da doença, informou o Ministério da Saúde.
Diante dos números alarmantes que representam uma óbvia escalada das contaminações e mortes, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região cobra do Santander o retorno do regime de home office para os seus trabalhadores, bem como o aumento do esquema de rodízio de trabalho presencial nas agências.
“O Santander é o único banco que mantém 80% do seu quadro de empregados no regime de trabalho presencial, neste momento em que o país vive uma escalada dramática dos números de contaminações e mortes em decorrência da covid-19”, enfatiza a dirigente sindical e bancária do Santander Ana Marta Lima.
Problemas nos prédios e apreensão entre os bancários
O refeitório do prédio da Bráulio Gomes é pequeno e não comporta a quantidade de trabalhadores. O Sindicato já cobrou do banco que aumente o rodízio nas equipes.
Nos prédios da Geração Digital e do Radar, algumas áreas foram colocadas em home office por conta do aumento de casos confirmados de covid-19.
Na Torre, pouquíssimas áreas estão operando em rodízio, mesmo tendo espaçamento nas áreas e agendamento no refeitório. E o Sindicato apurou que a apreensão entre os trabalhadores só aumenta.
O Quarteirão de Investimentos e o Conexão Digital são os prédios com o maior número de denúncias de assédio moral para o retorno ao trabalho presencial, mesmo com a pandemia piorando.
Ana Marta ressalta que muitos trabalhadores dependem de transporte público para chegarem ao trabalho, o que aumenta os riscos de contágio. “Os transportes públicos são um dos locais com maior índice de contaminação, o que agrava o cenário. Por isto, é urgente que o banco adote medidas a fim de evitar o aumento dos casos de covid-19 entre seus trabalhadores em um momento tão grave como o atual”, afirma a dirigente.
Sindicato cobra há meses o retorno do home office
A segunda onda de contaminações já é uma realidade há semanas, e especialistas afirmam que é muito mais grave do que a primeira, em decorrência da circulação de cepas ainda mais contagiosas no Brasil.
“Os números pioraram e o comitê de crise do Santander não revê o planejamento e muito menos os procedimentos, preferindo protelar decisões do que salvar vidas. O banco está esperando o caos para agir. E aí, Santander, vai assumir o risco de um eventual surto nos seus prédios e agências?”, questiona Ana Marta.
Orientação da Febraban
A Febraban divulgou nota indicando os procedimentos que os bancos devem seguir na fase vermelha. No documento, a federação dos bancos informa que vai suspender todas as reuniões presenciais com clientes, agendamentos de visitas externas ou quaisquer contatos fora das agências.
“O Sindicato está cobrando o mesmo do Santander há semanas. O banco recomenda a suspensão, mas não proíbe, e diversos gestores continuam convocando para visitas. O Santander vai seguir a determinação da Febraban ou vai ignorar também?”, questiona a dirigente.
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