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Chapéu
Negociação

Sindicato cobra dos bancos que não aumentem metas na pandemia

Linha fina
Em reunião com a Fenaban, na sexta-feira 5, entidade reivindicou o fim das metas abusivas, que se tornam ainda mais difíceis de alcançar em plena crise sanitária e econômica, e estão adoecendo os trabalhadores
Imagem Destaque

Na mesa de negociação de sexta-feira 5 com a Fenaban (federação dos bancos), o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região também cobrou que os bancos parem de aumentar as metas durante a pandemia de coronavírus.

“Mesmo numa crise sanitária e econômica como a que estamos vivendo, os bancos têm aumentado as metas, o que é absurdo! Com o índice de desemprego altíssimo, com a crise financeira, é muito mais difícil vender produtos bancários, mas vários bancos têm pressionado ainda mais os bancários com metas dobradas, cobranças por celular e outras formas de pressão que adoecem os traballhadores”, denuncia a presidenta do Sindicato, Ivone Silva, que é uma das coordenadoras do dos Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria na mesa com a Fenaban.

A Fenaban ficou de levar a reivindicação aos bancos e dar uma resposta ao Sindicato na próxima reunião, que deve ocorrer ainda nesta semana.

Na reunião de sexta-feira 5, o Sindicato fez outras reivindicações, como reduzir o horário de atendimento das agências, aumentar o home office e adotar medidas mais rígidas de proteção contra o coronavírus, diante do agravamento da pandemia no país. Leia aqui.

Aumento de metas na pandemia

Bancários do Itaú, Santander, Caixa e BB têm reclamado ao Sindicato sobre o aumento de metas em um momento muito difícil para a economia.

No Itaú, com a substituição do Agir pelo GERA, as metas aumentaram muito. Soma-se a isso as demissões que têm ocorrido no banco, e o resultado são trabalhadores cada vez mais adoecidos. Além disso, na Central de Atendimento do banco, no CAT, onde também ocorrem demissões, as metas têm subido assustadoramente.

No Santander, as metas também aumentaram durante a pandemia, e o pior problema é que elas mudam ao longo do mês, o que impossibilita a organização do bancário no período. Alem disso, o celular usado pelo bancário é muitas vezes o pessoal, que fica disponível fora da jornada, possibilitando que o próprio cliente cobre atendimento a qualquer hora do dia, da noite e em fins de semana. Outro grande problema é que no Santander permanecem ocorrendo convocações para visitas presenciais a fim de bater metas. Embora o RH atue em algumas situações, o banco não proíbe a prática, apenas recomenda que não ocorra, o que não tem sido suficiente para frear alguns gestores regionais.

“Aumento de metas em uma grave crise sanitária como a que estamos vivendo é desumano, é inadmissível. Vamos continuar reivindicando que os bancos parem com isso, e esperamos que a Fenaban nos traga uma resposta satisfatória na próxima reunião”, reforça Ivone.

 

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