O Itaú comunicou que irá terceirizar o CHAT, setor lotado no CT (Centro Tecnológico). A decisão irá envolver 144 trabalhadores, que terão prazo de 60 dias para realocação, até 31 de maio. O anúncio foi feito em reunião com dirigentes sindicais e representantes do banco, na sexta-feira 24.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo avalia que o prazo para realocação é muito curto, e solicitou ao banco no mínimo 90 dias para que os trabalhadores possam se preparar para uma nova oportunidade.
Vale ressaltar que muitos trabalhadores já vêm de outras áreas que passaram por reestruturação, e agora irão passar novamente por outro processo de realocação.
Na reunião, o Sindicato se posicionou totalmente contra a terceirização, processo que precariza o trabalho e ainda expõe informações sigilosas de clientes a uma empresa terceirizada.
“Exigimos a realocação de todos os funcionários envolvidos, que não podem sofrer nenhum prejuízo por uma decisão do banco.”
Sérgio Francisco, dirigente sindical membro da Comissão de Organização dos Empregados (COE Itaú)
O Sindicato irá acompanhar toda a movimentação destes trabalhadores, e cobra do banco os números periódicos de realocação.
Agências de negócios
Outro tema abordado na reunião foram as 38 agências de negócios que o Itaú abriu em várias regiões de São Paulo.
No dia 22 de março o banco retirou todos os vigilantes destas agências, deixando os trabalhadores vulneráveis a assaltos, sequestros e outros tipos de violência. O Sindicato reivindica que os vigilantes sejam mantidos em todas as agências.
O banco se comprometeu a apresentar o funcionamento destas agências, além de reavaliar a segurança nestas unidades e no seu entorno, que muitas vezes são frequentados por elementos suspeitos, deixando os trabalhadores apreensivos.
O Sindicato irá visitar estas agências e dialogar com os trabalhadores sobre o novo modelo de trabalho.
“A segurança nos locais de trabalho é fundamental para preservar a integridade dos funcionários que estão expostos a violência que vem crescendo a cada dia na cidade de São Paulo”, afirma Sérgio.
Certificação CPA-10
O Sindicato fez uma consulta com os funcionários sobre as dificuldades de tirar a certificação CPA-10.
Muitos trabalhadores alegaram problemas de saúde que dificultam a realização da certificação.
O Sindicato vai levantar os casos de trabalhadores em tratamento, e irá encaminha-los ao banco para que os prazos para certificação sejam reavaliados.
“O banco precisa dar atenção especial aos trabalhadores adoecidos e acolher esses trabalhadores que adoeceram por conta da cobrança de metas abusivas e assédio moral nos locais de trabalho”, afirma Sérgio Francisco.
Se você está passando por algum problema, procure o Sindicato, por meio da Central de Atendimento remota, pelo (11) 3188-5200, via chat, e-mail e WhatsApp (11 99930-8483), canais que funcionam das 9h às 18h.
Agências Digitais
Assédio moral, ameaças constantes, cobranças exacerbadas por metas e adoecimentos fazem parte do dia a dia dos bancários que trabalham nas agências digitais. O Sindicato reportou ao Itaú estes problemas enfrentados cotidianamente pelos trabalhadores.
“A garantia de um ambiente de trabalho saudável para o funcionário resulta em melhores resultados para o banco”, pontua Sérgio Francisco.
O banco se comprometeu a apurar as demandas do Sindicato e a dar um retorno.