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Emenda 3: população enviará mensagens ao Congresso em protesto dos bancários

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Os bancários disponibilizarão, nesta segunda feira, 23 de abril, computadores na região central da cidade para que a população envie mensagens aos deputados e senadores cobrando a manutenção do veto presidencial à Emenda 3, que representa a retirada de diretos dos trabalhadores. A atividade faz parte da mobilização nacional de várias categorias profissionais representadas por sindicatos filiados às sete centrais sindicais brasileiras que se uniram contra a aprovação do projeto.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região colocará computadores entre 12h30 e 14h30, na praça Antônio Prado, próximo à sede da entidade na rua São Bento. Serão distribuídos informes sobre quais direitos trabalhistas estão ameaçados com a Emenda 3, defendida por parlamentares ligados a empresários.

“A mobilização contra a aprovação da Emenda 3 cresce a cada dia, à medida que os trabalhadores vão tomado consciência das perdas que a aprovação do projeto pode impor. Buscamos por meio dessa atividade informar o que está em jogo e abrir caminhos para que a população possa mostrar sua indignação e pressionar os parlamentares a defender os direitos da maioria”, disse Juvandia Moreira, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Direitos em risco – Com a Emenda 3 ficaria mais fácil transformar trabalhadores com carteira assinada em PJ, já que a fiscalização e a punição ficariam limitadas. Os bancos já impõem esse retrocesso a trabalhadores de alguns departamentos. Nos serviços de compensação, 90% dos trabalhadores são terceirizados, em alguns segmentos da tesouraria (transporte de valores e abastecimento de caixas eletrônicos) já são 100%, na retaguarda de caixa 70% e em tecnologia da informação há grande variação, em alguns casos pode atingir a totalidade.

“No começo o banco vem com a promessa de que, como pagará menos impostos, tem chances de pagar um salário maior ao trabalhador transformado em PJ. Com o tempo, o pagamento vai se igualando aos dos bancários contratados, só que com uma grande diferença: não há mais os direitos assegurados pela CLT”, relata Juvandia.
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