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Bancários do Santander protestam contra ameaça de demissões em massa

Linha fina
Plano de milhares de cortes seria colocado em pratica já partir desta sexta-feira 1º
Imagem Destaque
Os bancários do Santander promevem protestos nesta sexta, 1º de abril, a partir das 7h, contra a ameaça de demissão em massa no banco espahol, no Brasil. O ato será realizado em frente ao prédio administrativo, conhecido como Torre do Santander, na Avenida Juscelino Kubitschek com a Marginal Pinheiros, região da Vila Olimpia.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Regiao recebeu informações dos trabalhadores sobre um plano de milhares de cortes, que seria colocado em pratica já partir desta sexta-feira 1º .  As informações apontam que a maioria das demissões deve ocorrer na capital paulista. Em todo o país, são mais de 52.000 trabalhadores, dos quais 22 mil estão em São Paulo.

O Sindicato não aceita as demissões e promete reagir com greves e mobilizações porque não aceita o desemprego de trabalhadores, principalmente diante do crescimento econômico do Brasil, da bancarização de milhões de novos correntistas e do notório desempenho do banco espanhol.

A presidenta do Sindicato, Juvandia Leite, reage indignada aos cortes e exige respeito ao Brasil e aos brasileiros. "Não há qualquer justificativa econômica para tantas demissões, exceto a de enviar os lucros para a Europa, que sofre com a crise. O Santander desrespeita ainda as Diretrizes da OCDE - Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico - para empresas multinacionais, que deixa claro, entre outras normas, que necessariamente, em caso de demissões em massa, devem negociar com o Sindicato antes de qualquer decisão", ressaltou. Ela destaca ainda que as demissões só  aumentariam o caos no banco que desde o final de fevereiro enfrenta muitos problemas com a integração das contas correntes com o Banco Real, comprado em 2008.

Somente em 2010, o Santander registrou no Brasil a bagatela de R$ 7,4 bilhões de lucro, valor nada menos do que 34% superior ao resultado de 2009. Com esses números, o mercado brasileiro ultrapassou até mesmo o espanhol e se tornou o mais lucrativo do banco no mundo, com 25% do total. A Espanha representa, hoje, 15%.
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