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O Sindicato recebeu informações dos trabalhadores sobre um plano de milhares de cortes. As informações apontam que a maioria das demissões deve ocorrer na cidade de São Paulo. O plano de demissões em massa é uma orientação da Espanha com o objetivo de aumentar as margens de lucro que, em 2010, foi de R$ 7,4 bilhões, o que coloca a sucursal brasileira como a primeira em lucratividade entre os países onde o grupo está instalado, inclusive acima da própria Espanha.
O Sindicato promete reagir com greves e mobilizações porque não aceita o desemprego de trabalhadores, principalmente diante do crescimento econômico do Brasil, da bancarização de milhões de novos correntistas e do notório desempenho do banco espanhol.
A presidenta do Sindicato, Juvandia Leite, reage indignada aos cortes e exige respeito ao Brasil e aos brasileiros. "Não há qualquer justificativa econômica para tantas demissões, exceto a de enviar os lucros para a Europa, que sofre com a crise. O Santander desrespeita as Diretrizes da OCDE - Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico - para empresas multinacionais, que deixa claro, entre outras normas, que necessariamente, em caso de demissões em massa, devem negociar com o Sindicato antes de qualquer decisão", ressaltou.
Mais caos - As demissões poderão intensificar o caos reinante em todo o Santander com a fusão das plataformas tecnológicas com o Banco Real, adquirido em 2008. A fusão das contas correntes e operações em agências não deram certo, o banco perde clientes, contas e dados desaparecem, os bancários não têm orientações sobre os procedimentos, a retaguarda de atendimento às agências não funcionam e não se consegue resolver os problemas ocorridos em todas as agências do Banco Real em abrangência nacional.