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Ato denuncia assédio moral em agência do BB

Linha fina
Nova gestão na Indianópolis pressiona para funcionários pedirem transferências e descomissionamento
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São Paulo – O Sindicato vai intensificar as manifestações até que a direção da instituição financeira tome providências contra o assédio moral praticado contra os funcionários da agência Indianópolis do Banco do Brasil, na zona sul. Esse recado foi dado pelos dirigentes sindicais durante manifestação nesta sexta 20, em frente à unidade.

De acordo com denúncias que chegaram à entidade, muitos trabalhadores, inclusive os com mais tempo de casa, estão sendo pressionados a pedir descomissionamento ou realocação para outra unidade.

“Trata-se de uma nova gestão, que precisa saber lidar com seus trabalhadores de maneira humana e profissional, sem práticas assediadoras que priorizam metas e lucros acima de qualquer coisa”, alerta o dirigente sindical Hildo Montenegro, da Fetec-CUT/SP.

Ele relata, ainda, que o Sindicato procurou diversas vezes a direção do banco para levar as denúncias. “Falamos com o gestor, em seguida com a Gepes (Gestão de Pessoas) e, finalmente, com o atual Gerente Regional da Centro-Sul. Desde o início do ano tentamos uma solução para o problema. Sem retorno, partimos para o protesto. E vamos realizar outras manifestações até acabar com o assédio moral praticada nessa agência”, diz.

Segundo Hildo, a prática já acontecia na gestão anterior da Indianópolis. “Na ocasião, o gerente regional assediava os funcionários da agência chamando o local ironicamente de ‘colônia de férias’, desrespeitando os bancários que se dedicam a atingir as metas, cada vez mais inalcançáveis, que o banco impõe”, relata.

Situações como a retirada da máquina de café, que propiciava pausa para que os bancários se relacionassem e trocassem informações, tornando mais agradável a convivência no trabalho, agravaram ainda mais o clima pesado.

Diante dessa situação, os casos de adoecimento têm aumentado na agência. O Sindicato recebeu relatos de trabalhadores humilhados, reuniões marcadas fora da jornada de trabalho e falta transparência nas promoções. As manifestações vão continuar.


Gisele Coutinho – 20/4/2012

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